segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Chelsea movimenta quarteto ofensivo e também aproveita os problemas do Liverpool

Getty
Eto'o comemora ao marcar seu gol na vitória do Chelsea sobre o Liverpool
Eto'o comemora ao marcar seu gol na vitória do Chelsea sobre o Liverpool.
Três dias depois do reves contra o Manchester City, o Liverpool novamente começou melhor e saiu no frente em grande jogo fora de casa com o gol de Skrtel na sobra do toque de Suárez após cobrança de falta de Phillippe Coutinho. Novamente sentiu a ausência de Gerrard e Sturridge, pagou por uma falha do goleiro Mignolet e sofreu a virada para o rival com elenco mais homogêneo e versátil taticamente.
O maior mérito do Chelsea de José Mourinho nos 2 a 1 no Stamford Bridge foi o desempenho do quarteto ofensivo na execução do 4-2-3-1. Participação efetiva na pressão no campo adversário, transição ofensiva em alta velocidade e, principalmente, intensa movimentação. Não raro ver Willian, Oscar e Hazard muito próximos, trocando passes entre si e invertendo posições para confundir a marcação e se aproximar de Samuel Eto'o, que deixou Fernando Torres no banco.
Agger, zagueiro improvisado pela lateral esquerda, e, especialmente, Lucas à frente da defesa no 4-1-4-1 dos Reds não conseguiram achar os meias do Chelsea. No ataque, Luis Suárez desta vez não encontrou espaços às costas dos volantes adversários - David Luiz, substituto de Ramires, e Lampard, depois Mikel. Cahill e Terry saíam com mais segurança no combate direto ao uruguaio, que novamente penou com a solidão na frente e exigiu a marcação de pênaltis da arbitragem em lances duvidosos.
Olho Tático
Chelsea no 4-2-3-1 com intensa movimentação do quarteto ofensivo; Liverpool no 4-1-4-1 com problemas defensivos e Suárez bem marcado
Chelsea no 4-2-3-1 com intensa movimentação do quarteto ofensivo; Liverpool no 4-1-4-1 com problemas defensivos e Suárez bem marcado
Caminho aberto para o golaço de Hazard no primeiro tempo e a finalização de Eto'o que Mignolet aceitou na segunda etapa. Dois tentos com a participação de Oscar, o melhor em campo que aterrorizou Lucas Leiva com mobilidade e dinâmica. Ora levando vantagem com a bola, ora desarmando a saída do volante brasileiro, que se irritou no final e poderia ter sido expulso.
TruMedia
Mapa de toques reflete a intensa movimentação de Oscar na linha de três meias dos Blues.
Mapa de toques reflete a intensa movimentação de Oscar na linha de três meias dos Blues.
Brendan Rodgers trocou Allen por Smith, que foi jogar à esquerda e liberou Coutinho no centro da criação no Liverpool repaginado no 4-2-3-1. Depois tentou dar companhia a Suárez com Aspas na vaga de Glen Johnson e Sterling fazendo a ala à direita para cima de Ashley Cole, que substituiu Ivanovic e Azpilicueta foi para a lateral direita ainda no primeiro tempo. No final, Mourinho trocou Eto'o por Torres para acelerar os contragolpes.
Olho Tático
No final, Liverpool ofensivo no 4-2-3-1 com Sterling como ala à direita; Chelsea com Cole, Mikel e Torres, mas sem mudar o desenho tático.
No final, Liverpool ofensivo no 4-2-3-1 com Sterling como ala à direita; Chelsea com Cole, Mikel e Torres, mas sem mudar o desenho tático.
Disputa nivelada refletida nos números: 52% de posse de bola e 11 a 8 nas finalizações para os Blues - 5 a 4 na direção da meta.

A Premier League mostra um equilíbrio inédito nesta década e volta a ter grandes jogos. O Arsenal termina 2013 na liderança e o Liverpool cai na tabela, porém com boas chances de reagir no returno. O rival Everton mostra solidez. Em Manchester, o City tem volume ofensivo espantoso para seguir competitivo e o United sinaliza uma campanha de recuperação. Até o Tottenham de Paulinho segue vivo.
Mas a combinação Chelsea+Mourinho+Stamford Bridge completa 70 partidas de invencibilidade e comprova a força do elenco montado por Roman Abramovich. Com intensidade e movimentação no ataque, é time para recuperar a hegemonia na Inglaterra.