quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Decisão: Atlético tem desfalque difícil de substituir. Possíveis baixas do Fla pesam menos

Segundo tempo de jogo na Vila Capanema. Na tentativa de chegar à vitória que valeria uma vantagem na peleja de volta, no Rio de Janeiro, o técnico do Atlético Paranaense tirou Pedro Botelho antes dos 16 minutos. O lateral-esquerdo voltava de longa inatividade e sua saída era natural àquela atura. O que de certa forma surpreendeu foi o homem escolhido por Vágner Mancini para ocupar o seu lugar: Dellatorre, um atacante.
A alteração funcionou como uma cirurgia plástica no time curitibano. E cirurgias plásticas nem sempre trazem bons resultados. No caso especifico, ele foi desastroso. A saída de Botelho provocou o deslocamento do volante Zezinho para a lateral-esquerda, sendo que na direita já havia outro cabeça-de-área improvisado na função, Juninho. Isso nada seria não fosse o enorme espaço que se abriu no meio-campo do Furacão.
Gazeta Press
Dellatorre e Everton comemoram mais um gol do Atlético-PR no Maracanã
Dellatorre e Everton comemoram gol do Atlético Paranaense na vitória sobre o Flamengo pelo Brasileirão, no Maracanã
Com o distanciamento entre os muitos homens de frente (Marcelo, Paulo Baier, Ederson e Delattorre) e a retaguarda, Everton ficou sobrecarregado. Normalmente ele é o responsável pela conexão entre defesa e ataque, que o Atlético muitas vezes realiza de forma direta, sem que a bola passe pelo meio-campo. Com Zezinho na lateral, o camisa 22 ficou ainda mais obrigado a socorrer Deivid no duelo com os flamenguistas.
Essa sobrecarga de trabalho imposta a Everton fez com que 13 minutos após a substituição o meia levasse o cartão amarelo que não poderia. Foi quando Paulinho arrancou em direção à área atleticana e coube a ele acompanhar o veloz jogador do Flamengo. Só foi possível detê-lo com falta nas imediações da meia-lua. E então veio a óbvia advertência. Pendurado até então, Everton soube, ali, que não jogaria no Maracanã.
Dos oito atleticanos que estavam com dois cartões antes da primeira partida, o mais difícil de ser substituído era Everton. Não há gente com o mesmo perfil no elenco paranaense. Mesmo os jogadores do Flamengo que deixaram a cancha lesionados ainda no primeiro tempo, Chicão e André Santos, não fazem falta como o ex-flamenguista, campeão brasileiro de 2009 ao Atlético. Com isso, provavelmente veremos um Furacão mais rústico no Maracanã.