A vitória do Fluminense foi protocolar, principalmente pelas muitas fragilidades e o ritmo de treino do Náutico já rebaixado. Os 2 a 0 no Maracanã que encerraram sequência de nove jogos sem vencer foram até modestos e o time pernambucano ameaçou mais que o esperado, especialmente pela direita com Derley no primeiro tempo.
Mas o que chamou de fato a atenção foram as mudanças promovidas por Dorival Júnior, mesmo com apenas dois dias de trabalho sucedendo Vanderlei Luxemburgo:
Digão como lateral-zagueiro, mais preso pela esquerda e liberando Igor Julião no lado oposto. No meio, um triângulo com Willian mais plantado, Jean à direita e Wagner pela esquerda. Na frente, velocidade e movimentação com Rhayner e Marcos Júnior pelas pontas e Rafael Sóbis centralizado.
Olho Tático
Em números, um 4-3-3 básico que Dorival costuma armar em suas equipes, com variações para o 4-2-3-1 e o 4-1-4-1. Mesmo com alguma dificuldade na sincronia dos movimentos por conta do desentrosamento, o time foi mais rápido e envolvente na transição ofensiva.
Destaque para Wagner. Não só pelo golaço na primeira etapa e a assistência para Samuel no segundo tempo, mas pela participação na articulação e a objetividade na criação das jogadas. Aberto ou centralizado. Apesar do lateral mais ofensivo pela direita, o tricolor carioca foi bem mais efetivo à esquerda.
Trumedia
Na defesa, Digão mostrou fibra, mas teve problemas no combate direto e Marcos Júnior, depois Sóbis deslocado, não foram tão efetivos na recomposição. Detalhes que precisam ser corrigidos para confrontos mais equilibrados.
Por ora, vale seguir observando as escolhas do novo treinador. Para o tricolor, mais importante que jogar bem foi vencer, deixar o Z-4 e resgatar um pouco da confiança perdida.