sexta-feira, 1 de novembro de 2013

A noite rubro-negra na Copa do Brasil, mas sem definições

Não houve jogo na Vila Capanema nos primeiros 30 minutos. O Grêmio encaixou seu 3-1-4-2 no 4-3-1-2 do Atlético-PR com Yuri Mamute e Lucas Coelho, os substitutos dos suspensos Vargas, Barcos e Kléber, participando da marcação e ajudando a engessar o rival e a própria disputa.
Olho Tático
Com atacantes voltando para ajudar na marcação, Grêmio encaixou o 3-1-4-2 no 4-3-1-2 do Altético-PR até o time de Mancini começar a se movimentar.
Com atacantes voltando para ajudar na marcação, Grêmio encaixou o 3-1-4-2 no 4-3-1-2 do Altético-PR até o time de Mancini começar a se movimentar.
No Serra Dourada, Junior Viçosa tentava compensar a ausência do lesionado Walter com movimentação parecida como atacante no 4-2-3-1 de Enderson Moreira: recuando para participar da transição ofensiva e procurando mais o lado direito, deixando espaços para as infiltrações de Hugo e as diagonais de Roni e Eduardo Sasha.
O Flamengo, com Paulo Victor no lugar de Felipe, foi o mesmo da goleada sobre o Botafogo. Em escalação, proposta de jogo e plano tático. Só Luiz Antonio mudou de lado para formar a segunda linha de quatro pela direita, com Amaral e Elias no centro e Paulinho pela esquerda. Setor que novamente foi o mais forte no rubro-negro.
Passe de André Santos, drible fácil de Paulinho e belo gol. Mas também foi pela esquerda o erro de Elias na saída de bola que proporcionou a Vítor a chance de empatar em chute cruzado. A felicidade rubro-negra, ou o prêmio pela atuação mais sólida até então, foi a cobrança precisa de Chicão na falta minutos depois do empate. Mais um gol do zagueiro no estádio, repetindo o feito da estreia no Fla.
Olho Tático
Armado com duas linhas de quatro, Fla novamente foi forte pela esquerda com André Santos e Paulinho; Goiás sentiu a ausência de Walter.
Armado com duas linhas de quatro, Fla novamente foi forte pela esquerda com André Santos e Paulinho; Goiás sentiu a ausência de Walter.
No Durival de Britto, o time de Mancini ficou com a bola (chegou a 63% de posse) e atacou pela direita com Léo, mas demorou a encontrar a solução para descoordenar a forte marcação gremista: movimentação. Everton passou a alternar o posicionamento, ora mais aberto, ora fechando e puxando Pará, que não batia com Juninho, volante improvisado na lateral rubro-negra que pouco descia e ficava por conta de Ramiro ou um dos atacantes.
Quando o artilheiro Ederson abriu à direita e puxou Bressan, o centro perfeito encontrou Dellatorre livre na área. Falha imperdoável de um sistema defensivo reforçado e concentrado. O Grêmio que se preparou para jogar "por uma bola", precisaria atacar.
Em Goiânia, o Flamengo recolheu as linhas e se propôs a defender e contra-atacar. Com Hernane bem vigiado e Carlos Eduardo sem velocidade, a única saída era Paulinho. Ou seja, o jogador que em tese seria meia precisava virar ponta na transição ofensiva. E ainda ajudar André Santos contra Sasha e Vítor. Jogar de uma linha de fundo à outra. Não aguentou, sentiu e deu lugar a Gabriel.
Já Renato Portaluppi resistiu e manteve a estrutura tática, trocando apenas a dupla de ataque. Elano entrou para fazer a ligação meio-ataque antes inexistente. Paulinho circulou na frente abrindo espaços. O time melhorou, aproveitando o cansaço do adversário e a queda de produção com as saídas de Dellatorre, Baier e Zezinho para as entradas de Ciro, Fran Mérida e João Paulo.
Mas só acertou uma finalização, no fraco golpe de cabeça nas mãos de Weverton. Já Riveros perdeu a bola do empate, livre na área. Mesmo assim, o Grêmio com atacantes titulares e proposta mais ousada tem força para reagir em sua Arena.
Olho Tático
Time paranaense cansou e perdeu volume com as substituições e quase cedeu empate ao Grêmio que melhorou com Elano e Paulinho na frente.
Time paranaense cansou e perdeu volume com as substituições e quase cedeu empate ao Grêmio que melhorou com Elano e Paulinho na frente.
O Goiás pode lamentar as 13 finalizações erradas na partida e reclamar do pênalti de Diego Silva em Welinton Júnior no final. Mas terá dois trunfos para buscar a classificação no Maracanã: o provável retorno de Walter e...o favoritismo do Flamengo. A história do time carioca, inclusive na própria Copa do Brasil (2004, por exemplo), mostra que a euforia não costuma ser boa companheira.
Olho Tático
No final, time rubro-negro perdeu o contragolpe e sofreu para conter um Goiás mais rápido e insinuante com as substituições.
No final, time rubro-negro perdeu o contragolpe e sofreu para conter um Goiás mais rápido e insinuante com as substituições.
Mas não macula a noite rubro-negra na Copa do Brasil. Com tanto equilíbrio e poucas certezas, qualquer vantagem pode definir os finalistas.