sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Voa pena de Pato para todos os lados em lagoa corintiana contaminada por erros

Nem Pato aqui nem acolá. Muito menos quá, quá, quá. Voa pena para todos os lados numa lagoa corintiana contaminada por erros e mais seca em competência que caixa d'água no deserto.
Poucos acreditam que o atacante conseguirá mudar a rosa-dos-ventos das chuteiras condenadas por uma paixão pouco racional da torcida.
Que Pato merece críticas pela maneira como se comportou na cobrança do pênalti na decisão contra o Grêmio, não se discute.
Mais displicente que roupa de roqueiro em fim de carreira, ele se mostrou incompetente até para aplicar a chamada cavadinha.
Pato simplesmente atrasou a bola para Dida, um conhecido frangueiro quando o adversário está frente a frente na marca da cal - agarra mais que saia de popozuda em baile funk.
Mas as asas de Pato, apesar do custo de R$ 40 milhões, não devem absorver com exclusividade os muitos erros do Corinthians ao longo da temporada.
A soberba tomou conta de todos, em uma verdadeira ação entre amigos. Dos cartolas ao departamento profissional.
Está tudo muito bom, tudo muito bem, e deixa o diabo comandar a carruagem repleta de abóboras envelhecidas, maquiadas por conquistas passadas.
Pato errou feio, é verdade, porém não pode ser o único crucificado. Agora, mais do que nunca, chegou a hora de o Corinthians provar se realmente evoluiu para um profissionalismo merecedor de crédito. Analisar os erros da temporada, e não foram poucos, e não jogar tudo nas costas de um jogador que talvez precise de um divã para acordar e cair na realidade.
Quem nasceu para súdito jamais chega à majestade.
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Caravela corintiana. A barca que zarpará do CT do Corinthians depois do Brasileirão já tem alguns marinheiros: Douglas, Júlio César, Alessandro, Ibson, Maldonado, Zizao e outros menos votados. O comandante deve ser o popular Pato. Se aparecer uma proposta, Romarinho e Emerson ‘Bitoca' também deixarão o porto corintiano. Muita gente lamenta a renovação do contrato de Sheik (R$ 400 mil mensais) e a recusa de uma proposta de oito milhões de euros por Romarinho no início da temporada. O clube pretende contratar dois jogadores para o meio de campo (Elias é um dos nomes) e dois atacantes.
Sugismundo Freud. A raiva não compensa a falta de razão.
Se liga, Felipão! Embaixador dos periquitos em revista, o ex-goleiro Marcos aproveitou uma festa para cobrar a convocação do zagueiro Henrique à Copa de 2014. Por seu valor técnico e pela história. Sempre que o Brasil soltou o grito de campeão, pelo menos um atleta do Palmeiras participou da festa. Em 1958, na Suécia, foi Mazzola. Quatro anos depois, no Chile, Djalma Santos, Vavá e Zequinha deram a volta olímpica. No tri do México, em 1970, Leão e Baldochi participaram do show; nos EUA, em 1994, Mazinho e Zinho. Já em 2002, na Coreia do Sul/Japão, o baile contou com ‘são Marcos'. Agora, o pé de coelho verde pode ser Henrique. Não vale a pena arriscar.
Dona Fifi. Rogério Ceni ou Dida, tudo a ver?
Zapping. A eliminação do Corinthians rendeu 23 pontos ao ibope da plim-plim na grande Pauliceia refém da violência, com 40% de share (TVs ligadas). A derrota para o Grêmio igualou o recorde da Copa do Brasil, registrado no embate Corinthians x Luverdense. Na Cidade Maravilhosa das balas perdidas, a goleada do Flamengo no Botafogo cravou 32 pontos e 51% de share, melhor índice dos jogos às quartas. Cada ponto em SP equivale a 62 mil domicílios sintonizados; no RJ, 38 mil.
Twitface. A dupla Gre-Nal está podendo. Os bancos na casamata que o digam! Imortal - Zé Roberto, Elano e Maxi Rodrigues; Saci colorado - Alex, Scocco, Forlán e Rafael Moura.
Gilete press. De Djalminha, o rei das cavadinhas, ao ‘Globo.com': "Não usaria contra o Dida. É um goleiro muito grande. Eu bateria mais forte. Ele [Pato] executou mal a cavadinha. Se conseguisse bater alto, o Dida não pegaria porque já estava caindo. Cavadinha não é tão simples, tem manhas e táticas para executá-la. Você não pode ir devagar. O goleiro espera mais. Em velocidade, o goleiro sai antes e o meio do gol fica aberto." Sambarilove.
Tititi d'Aline. Hernane Brocador, o novo xodó dos rubro-negros, custou 40 vezes menos que Pato. O Urubu pagou a fortuna de R$ 1,1 milhão pelo artilheiro (31 gols na temporada), em suaves prestações. O corintiano marcou 16 neste ano.
Você sabia que... o Galo é o time mais indisciplinado do Brasileirão, com 81 cartões amarelos e nove vermelhos?
Bola de ouro. Aloísio. O Boi Bandido muge como poucos no ataque do soberano Tricolor. Um exemplo de sangue bom.
Bola de latão. Saci colorado. Fora da Copa do Brasil, completará mais um ano sem faturar um título nacional, apesar de sempre ser apontado como um dos favoritos.
Bola de lixo. Lusa. Deve três meses de direitos de imagem, oito de auxílio-moradia e premiações ao elenco. Felizes da vida, os jogadores decidiram não se concentrar mais para os jogos. Uma casa portuguesa sem nenhuma certeza.
Bola sete. "Dida pega três pênaltis e pede música do Pato Fu no Fantástico" (de um coirmão palmeirense - pano rápido).
Dúvida pertinente. O ‘sargento' Felipão quer Diego Costa para defender a amarelinha desbotada ou apenas para prejudicar a Espanha?