Muricy Ramalho era heroi pernambucano, porque tirou o Náutico de uma fila de 12 anos. Foi quando assumiu o risco. Em outubro de 2001, aceitou o convite do Santa Cruz, 26o colocado do Campeonato Brasileiro, disputado por 28 clubes. Faltavam 13 partidas e o Santa estava apenas dois pontos abaixo do Gama. Dava para tirar.
Mas não deu. 
Em treze partidas, o Santa Cruz venceu cinco, empatou uma e perdeu sete. O ataque não era o problema do Santa. Túlio e Grafite jogavam na frente. Na defesa, o lateral-direito Ceará, cinco anos mais tarde campeão mundial pelo Internacional.
No banco, Muricy Ramalho.
Não era pouco.
Diferente do São Paulo de 2013, que reagiu com três vitórias seguidas, o Santa não esboçou reação nem saiu da zona de rebaixamento. Caiu com vitória sobre o Guarani no Brinco de Ouro na última rodada. Se o Flamengo perdesse do Palmeiras, o Santa escaparia. Mas os rubro-negros venceram por 2 x 0, gols de Juan e Roma.
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Muricy Ramalho: parece um melão, mas pode virar abacaxi
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Abaixo, os três jogos que levaram Muricy ao inferno
Santa Cruz 1 x 5 Atlético Paranaense
Bahia 2 x 1 Santa Cruz
Santa Cruz 3 x 2 Paraná
Gama 2 x 0 Santa Cruz
Grêmio 1 x 0 Santa Cruz
Sport 1 x 2 Santa Cruz
Santa Cruz 1 x 3 Ponte Preta
Santa Cruz 3 x 2 Goiás
Botafogo-SP 1 x 0 Santa Cruz
Santa Cruz 2 x 1 América Mineiro
Coritiba 1 x 0 Santa Cruz
Santa Cruz 1 x 1 Vitória
Guarani 1 x 2 Santa Cruz