quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Felipão usou Diego Costa por mirrados 31 minutos. E perdeu o artilheiro para a Espanha

Primeiro é preciso deixar clara a opinião deste blog quanto às regras da Fifa que permitem a jogadores mudarem de seleções como madame de classe média trocando de carro. É um absurdo. Mas as coisas funcionam assim e continuarão da mesma forma pelo menos por mais algum tempo.
E hoje elas permitem ao sergipano Diego Costa escolher entre os times do Brasil e da Espanha, que juntos detêm seis títulos mundiais. E a Federação Espanha está confirmando o atacante — clique aqui e leia a matéria "Diego Costa rejeita o Brasil e opta pela 'Fúria'".
Convocado pela primeira vez por Luiz Felipe Scolari, ele substituiu Fred aos 69 minutos dos 2 a 2 com a Itália, em amistoso disputado na Suíça em 21 de março. Quatro dias depois, em Londres, entrou em lugar de Kaká a 12 minutos do final daquele cotejo encerrado em nova igualdade, 1 a 1.
Nas duas pelejas amistosas, o atacante mais disputado do momento teve apenas 31 minutos para mostrar que merece ser lembrado mais vezes. Meia horinha distribuída por duas partidas! Como você iria sentir-se se ficasse em campo por tão pouco tempo sabendo que a Espanha o deseja?
Getty
Diego Costa em ação pelo Atlético de Madrid: apenas 31 minutos para mostrar algo a Scolari
Diego Costa em ação pelo Atlético de Madrid: apenas 31 minutos para mostrar algo a Scolari nos amistosos de março
Contra a Azzurra, Diego Costa deu dois passses certos e errou um, fez um desarme correto, perdeu a bola uma vez para os italianos e cometeu uma falta. Diante dos russos, o artilheiro do campeonato espanhol tocou apenas quatro vezes na pelota (acertou os passes) e perdeu uma posse de bola.
Os números são do Footstats. Não se deve esperar muito de quem jogou por tão pouco tempo e com colegas de time aos quais acabara de ser apresentado. Se Felipão tivesse colocado o rapaz para jogar pelo menos por 45 minutos contra italianos ou russos ele estaria tão atraído pelo aceno espanhol?
O jogador sentiu firmeza no interesse do treinador gaúcho em tê-lo na Copa do Mundo? Convocado pelo selecionador da CBF, Diego Costa ficou com a faca e o queijo nas mãos. E deverá entrar para a história de uma forma no mínimo estranha como o homem que recusou a seleção cebeefiana.