domingo, 25 de agosto de 2013

Vitória da Juventus na estreia da Série A é retrato do atual futebol italiano

Reuters
Italiano Sampdoria Juventus Pogba Tevez 24/08/13
Tevez marcou o gol da Juventus na estreia da Série A italiana.
A expectativa pela estreia da Vecchia Signora bicampeã italiana era grande. Especialmente pela primeira aparição de Carlos Tevez na Série A. A única mudança na base de Antonio Conte.
O duelo no Estádio Luigi Ferraris também era esperado por conta das duas vitórias da Sampdoria sobre a Juventus na temporada anterior. Em Genoa, o último triunfo dos bianconeri foi na temporada 2005/06 - 1 a 0, gol de Pavel Nedved.
A disputa, porém, foi um fiel retrato do futebol italiano atual: equipes no 3-5-2, ações ofensivas pelos flancos ou diretamente para a dupla de ataque. Poucas trocas de passes, com a bola circulando pelo meio quase invariavelmente nas inversões de lado, sem jogadas muito trabalhadas.
Andrea Pirlo continua sendo a diferença a favor da Juve. Mesmo vigiado pelo brasileiro Eder, atacante da Samp que voltava com o regista italiano, o veterano organiza a saída de bola e pensa o jogo na frente. Inverte as bolas para os alas Lichtsteiner e Asamoah ou aciona Tevez e Vucinic com lançamentos.
A Sampdoria descia à direita com o ala De Silvestri e a aproximação do atacante Gabbiadini. No meio, apenas Obiang, espanhol de origem equatoriana, tentava coordenar algo. Mas a proposta era essencialmente reativa: não se incomodava com a posse do rival e buscava a rápida transição para surpreender.
Com a tensão natural da estreia e os times ainda readquirindo ritmo, não podia dar bom jogo. A Juventus terminou com 69% de posse de bola, mas só conseguiu articular uma boa jogada ao longo dos noventa minutos: o gol de Tevez. Pelo meio, tabela de Vidal e Pogba, subaproveitados como suporte para as ultrapassagens dos alas, e assistência do jovem e promissor meia francês para o argentino.
A Sampdoria ocupou mais o campo de ataque e ficou com a bola após a desvantagem e as substituições. Mas o técnico Delio Rossi não mudou o desenho tático nem o plano de jogo. A Juve administrou e Conte só trocou a dupla de ataque no final, muito mais para ganhar tempo nos acréscimos: Llorente, outro reforço para a temporada, e Giovinco pouco tocaram na bola. Nem foi preciso. 
Fim do "tabu" e vitória pragmática da grande favorita ao tricampeonato contra o Napoli sem Cavani e Milan e Internazionale fragilizados. Para se impor novamente na Itália o estilo e o desempenho atuais podem ser suficientes. Na Liga dos Campeões, mesmo com o "upgrade" no ataque, vai precisar de novas ideias e alternativas para fazer mais e melhor que o futebol praticado no país da Bota.
Olho Tático
Sampdoria e Juventus no 3-5-2 e com propostas semelhantes, mas a bicampeã italiana tem Pirlo e mais qualidade na frente com Tevez.
Sampdoria e Juventus no 3-5-2 e com propostas semelhantes, mas a bicampeã italiana tem Pirlo e mais qualidade na frente com Tevez.