sexta-feira, 28 de junho de 2013

Itália mostra um caminho ao Brasil diante da Espanha de Del Bosque em dia de "Professor Pardal"

Cesare Prandelli deu mais uma aula sobre como organizar um time de futebol no comando da Itália em Fortaleza. Poderia sua seleção ter assumido o comando do placar nos primeiros 45 minutos, o que significaria uma vantagem possivelmente decisiva. Ah, que falta faz um bom atacante. "E se Balotelli estivesse lá", devem estar pensando os italianos.
Não estava. Da mesma forma a Espanha não tem um atacante à altura do time. Fernando Torres até que fez boas jogadas, mas nos arremates, ficou devendo. A ponto de Vicente Del Bosque, num momento "Professor Pardal", inventar Javi Martinez de centroavante. Poderia dar certo circunstancialmente diante da elevada estatura do primeiro volante do Bayern - tem 1,90 metro. Invenção sem nexo do experiente treinador, que tinha Villa e Soldado à disposição.
Naquela hora, a campeão mundial e bi da Europa desceu o nível de seu jogo, parecia o futebol muitas vezes praticado no Brasil, com a bola alçada na área rival, o popular "Muricybol", dominando as ações em dado momento. Claro que o cansaço das duas seleções, que raramente nos 365 dias do ano encaram a combinação calor somado à umidade, ambos elevados, também pesou no desempenho físicos dos atletas. Que em alguns lances não pareciam ser.
A Itália mais esgotada, até porque corre mais atrás da bola, que a Espanha faz correr. Por isso na reta final da prorrogação houve perigo real para a meta de Buffon. Na cobrança de penalidades máximas, os batedores beiraram a perfeição, a atingiram até que Bonucci virou "Baggionucci" e, como o camisa 10 em 1994, mandou nas alturas. A Itália sai da competição com um quê de satisfação. Desfalcada fez boas partidas contra o anfitrião Brasil e a campeã Espanha.
Domingo teremos o jogo esperado. A chance de um teste de verdade, valendo taça, para o time brasileiro. Ganhar sempre é ótimo, óbvio. Mas para a seleção comandada por Luiz Felipe Scolari, nada mais relevante nessa fase do que ver o time fazer algo parecido com o que os italianos apresentaram. Uma estratégia bem montada, que poderia tê-los levado ao triunfo.
Ganhar graças a um possível cansaço da rival valerá menos do que até perder contra uma Espanha que exija do Brasil, por mais paradoxal que seja. Espero, domingo, ver finalmente a decantada evolução da equipe cebeefiana, pois brasileiros não precisam jogar de uma só forma, e eles sabem disso, pois atuam em seus clubes. A Itália mostrou um caminho ao Brasil.
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Reuters
Jesús Navas converteu o pênalti que deu a classificação para a Espanha: final contra o Brasil
Jesús Navas converteu o pênalti que deu a classificação para a Espanha: final contra o Brasil domingo no Rio de Janeiro