O jogo ficou mais fácil para o Brasil depois que Oscar tirou o zero do placar. E isso aconteceu graças à roubada de bola de Luiz Gustavo no meio-campo (não achei falta do volante do Bayern Munique) seguida do passe de Fred para o jogador do Chelsea. Ali veio o 1 a 0, que chegou antes das esperadas vaias de impaciência, comuns quando o Brasil não consegue marcar.
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O posicionamento de Fred foi vital naquele lance. Depois de passar a maior parte dos 45 minutos iniciais quase estático entre os zagueiros franceses, o camisa 9 saiu da área e foi participar do jogo. Isso é necessário. Fred no primeiro tempo fez uma falta, duas finalizações erradas, ficou uma vez em impedimento, deu cinco passes (três errados) e perdeu a bola três vezes.
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Se o time vai com um centroavante de referência, tem que fazer com que a bola chegue (bem) até ele, caso contrário, é quase como jogar com 10. Exceto se este não se limitar a ficar quase plantado na área adversaria. Fred tem recursos para jogar fora dela, como teria Luís Fabiano, por exemplo. E quando fez isso deu uma assistência, mais do que apresentou em todo tempo antes do intervalo.
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É possível jogar bem com um centroavante típico e sem ele. Mas fica mais complicado conseguir bons resultados se o comandante de ataque se mexe pouco e facilita o trabalho da marcação adversaria. Ainda mais num time que ainda não se mostra capaz de "alimentar" o "9" com muitos passes que a ele permitam finalizar no meio da defesa rival.
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Na primeira etapa Fred praticamente só tocou na pelota na área ou perto dela. Foram apenas 12 segundos com a bola, menos de um terço do décimo pior colocado no ranking, Paulinho, que teve 37 segundos de contato com ela nos 45 minutos iniciais. Thiago Silva teve a posse por 2 minutos e 16 segundos! O centroavante não pode se ausentar tanto da disputa.
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O curioso é que no Fluminense Fred até sai mas da "zona do agrião". Resta saber se no time de Luiz Felipe Scolari ele passa períodos inteiros mais paradão por orientação do treinador. E se após o intervalo em Porto Alegre foi lá fora buscar a bola roubada por Luiz Gustavo seguindo ordens do técnico ou por iniciativa própria.
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Outro aspecto na atual seleção cebeefiana, ainda em formação: Neymar ainda não se livrou de alguns "vícios" dos seus últimos tempos de Santos. Tenta resolver sozinho lances que "pedem" participação dos companheiros, como se ainda estivesse no clube, onde, nitidamente, tinha que levar tudo nas costas em muitas ocasiões. Na seleção não deve ser assim. Nem no Santos deveria.
Ajustes, que poderão acontecer na Copa das Confederações, competição absolutamente secundária que, no atual momento, servirá principalmente para arrumar o time brasileiro, aquele que levará o certame mais a sério (veja o vídeo acima). Afinal de contas, quando o certame se encerrar faltará menos de um ano para o que realmente importa: o Mundial 2014.