Nos últimos anos, o que vimos na Superliga, principalmente no torneio feminino, foi a hegemonia de Rio de Janeiro e Osasco. No torneio masculino, a quantidade de equipes que brigaram pelo título foi maior. Há dois anos, por exemplo, o torneio masculino chegou a ter 7 ou 8 equipes com chances de lutar pelo título.
Mas pela montagem das equipes dessa temporada, o que dá para perceber é que houve uma inversão de valores. O torneio masculino encolheu com o término de Campinas, Florianópolis e Vôlei Futuro. Se alguma dessas equipes conseguir voltar, a tendência é que volte mais fraca.
Com o Rio de Janeiro diminuindo seus investimentos em função da crise nas empresas de Eike Batista, o torneio masculino terá apenas duas equipes fortes brigando pelo título: Cruzeiro e Sesi.
As outras equipes, por mais que se reforcem, não conseguirão chegar no patamar das duas. Minas e Rio de Janeiro aparecem num nível abaixo. À partir daí, é outro campeonato entre Volta Redonda, Juiz de Fora, Canoas, São Bernardo, Taubaté e Monte Cristo, que subiu da série B.
Já o torneio feminino pelas contratações feitas até aqui já tem cinco boas equipes com quatro delas brigando pelo título. Além de Osasco e Rio de Janeiro, Campinas, que contratou Carol Gattaz e Praia Clube que pode acertar com a ponta Mari, se reforçaram bastante inclusive com estrangeiras.
O Sesi aparece à seguir com uma boa equipe, mas não tão forte quanto às concorrentes. O Pinheiros que também manteve a mesma base da temporada passada, pode aprontar das suas. Daí para baixo é outro campeonato com Rio do Sul, São Caetano, São Bernardo, Minas e o estreante time do Maranhão.
Muitos atletas ainda aguardam por novas equipes. Murilo, por exemplo, está esperando pelo acerto do ex-técnico Giovane Gávio com algum clube e um patrocinador. Por isso, a ponta Jaqueline ainda não acertou em Osasco. Giba também vive situação parecida e está sem clube.
O novo perfil da superliga continua mostrando que as equipes melhoraram, principalmente no torneio feminino. No masculino, poucas equipes têm hoje condições de contratar atletas de seleção brasileira e por isso a distância técnica entre os times aumentou.