quinta-feira, 16 de maio de 2013

Ronaldinho: craque? líder? ou nenhum dos dois?

Ronaldinho fora da Copa das Confederações. Uma bomba. Sim. Uma bomba. Tínhamos essa informação na ESPN, pelo repórter (sempre bem informado) André Plihal, mas custamos a acreditar.
Ronaldinho voltou a ser o jogador mais badalado do país. Joga na melhor equipe do Brasil hoje: o Atlético-MG. É o ídolo máximo desta equipe. Fez grandes jogos nos grandes jogos, contra São Paulo e Cruzeiro.
Por que não entrar numa lista de 23 numa seleção que nem time tem ainda? Uma seleção que não tem referência, que não tem estofo, que não tem representatividade, que não tem respaldo...
A explicação mais simples. Porque decepcionou Felipão recentemente, dentro e fora do campo, quando esteve a serviço da seleção.
Bem. Felipão conhece bem Ronaldinho. Conhece há muito tempo. Ronaldo Assis Moreira sempre foi um mágico da bola, desde menino. Teve uma fase espetacular, de melhor do mundo mesmo, no Barcelona.
Mas Ronaldinho tem um outro lado. Ou melhor: outros lados. Ele poucas vezes foi regular, ele pouca vezes foi referência (como é hoje, no Galo), ele quase nunca foi líder, ele poucas vezes desequilibrou quando jogou pela seleção brasileira.
Em 2000, fracassou na Olimpíada. Em 2002, era a maior esperança brasileira na Copa, mas foi engolido por Rivaldo e Ronaldo, e teve um brilhareco contra a Inglaterra, no mesmo jogo em que foi expulso. Em 2006, melhor do mundo, foi uma completa decepção. Em 2008, convocado na marra para mais uma Olimpíada, tentou liderar um grupo de jovens, mas não cumpriu o papel. Em 2010, não mereceu estar lá.
Diante deste histórico, o que faz algum treinador pensar que ele possa virar referência, líder e craque de uma seleção que vai disputar a Copa em seu país? Felipão deve ter pensado nisso tudo antes de decidir.
Ronaldinho não está na seleção de Felipão. Também não estaria na minha. E na sua?