quarta-feira, 15 de maio de 2013

Palmeiras frustra torcida, vê Bruno engolir frango e dá adeus à Libertadores


Gazeta Press
Bruno lamenta falha bizarra no primeiro gol do Tijuana, que vence no Pacaembu e elimina o Palmeiras da Libertadores
Bruno lamenta falha bizarra no primeiro gol do Tijuana, que vence no Pacaembu e elimina o Palmeiras da Libertadores
Teve de tudo. ‘Cera’ de goleiro adversário, cai-cai, protestos contra juiz, expulsão de preparador físico e até mesmo briga na arquibancada envolvendo integrante da complicada política da equipe. Faltou apenas o principal: futebol.

Mesmo com uma postura mais ousada, confiando no toque de bola de seu meio-de-campo, o Palmeiras esbarrou em suas próprias limitações e não conseguiu aproveitar a festa armada por sua torcida para fazer valer o mando de campo. Perdeu por 2 a 1 em pleno Pacaembu, nesta terça-feira, e se despediu mais cedo da Libertadores.

O primeiro gol dos mexicanos foi marcado aos 26 minutos do primeiro tempo, em frango do goleiro Bruno ao tentar agarrar bola de Ruíz. Na volta do intervalo, o time alviverde não teve nem tempo de reagir. Logo aos 6, Arce pegou rebote de falta batida na área e mandou forte no canto esquerdo. Souza ainda diminuiu em cobrança de pênalti aos 16.

A partida contou com a presença ilustre do técnico da seleção dos Estados Unidos, o ex-jogador Jürgen Klinsmann, que viajou até São Paulo para observar dois jogadores americanos dos Xolos.

Eliminado, o Palmeiras só volta a campo agora contra o Atlético-GO, na estreia da Série B do Brasileiro, diante de seus torcedores, no dia 25. O Tijuana segue na Libertadores e enfrenta o Atlético-MG nas quartas de final da competição.
EFE
Jogadores do Tijuana comemoram o primeiro gol contra o Palmeiras na Libertadores
Jogadores do Tijuana comemoram o primeiro gol contra o Palmeiras na Libertadores
O jogo – Não foi a pressão avassaladora que o Palmeiras prometia, mas bastou para mostrar ao Tijuana que a partida seria outra no Pacaembu. Com uma postura mais agressiva em relação ao confronto de ida, o time alviverde tentou sufocar rapidamente os visitantes.

Quase deu certo. Com apenas 2 minutos, a equipe pediu pênalti. Em jogada pela esquerda, a bola explodiu no braço de Arce. O árbitro venezuelano Juan Soto, o mesmo da polêmica derrota para o Libertad, ainda na fase de grupos, apenas mandou seguir.

O juiz estrangeiro era o principal alvo de protestos dos torcedores palmeirenses no começo da partida.

Em cobrança de escanteio aos 8, ele voltaria a aparecer. Ayrton bateu aberto, Maurício escorou para o meio da área e encontrou Marcelo Oliveira desmarcado. O lateral-esquerdo virou o corpo e chutou por cima do gol. Ele já havia sido flagrado em impedimento pela arbitragem antes mesmo da finalização.

Na sequência, Vinícius roubou bola no lado esquerdo, se aproximou da área e cruzou para Kleber Pinheiro. O centroavante acabou passando batido no lance.

Um pouco afobado em campo, o Palmeiras não conseguia tirar proveito da qualidade do passe de Tiago Real, que venceu briga com Souza por uma vaga entre os titulares. Com dificuldades para fugir da marcação do Tijuana, o time chegava apenas nas bolas paradas.

Em uma delas, aos 24 minutos, Ayrton acertou o travessão de Saucedo.

A falta de sorte palmeirense se provaria fatal em seguida, em roubada de Fidel Martínez e fraco arremate de Riascos no meio do gol. Bruno, no entanto, se complicou e engoliu um frangaço ao se agachar para fazer a defesa e ver a bola passar do lado de seu braço. Com o placar de 1 a 0 para o Tijuana, os donos da casa agora precisavam fazer dois para avançar.

A derrota parcial deixou o clima tenso no estádio. Um sinal de esperança veio com a expulsão de Ruiz, mas o árbitro voltou atrás para o desespero dos torcedores e reconheceu a trapalhada ao dar o segundo amarelo para o mexicano.

Refém da ‘cera’ do goleiro Saucedo e do ‘cai-cai’ promovido pelos demais atletas, o Palmeiras viu a partida travar na ida para o intervalo.

Precisando virar o jogo, a equipe voltou com Souza no lugar de Wesley. Não houve tempo nem mesmo de esboçar reação. Logo aos 6 minutos do segundo tempo, o Tijuana ampliou o marcador em falha da defesa alviverde. Henrique cortou cobrança de falta para o meio da área e entregou para Arce. O mexicano não perdoou e chutou com força para fazer 2 a 0.

A resposta palmeirense quase veio na sequência. Maikon Leite, que entrou na etapa complementar, desceu em velocidade pela direita e cruzou para Souza. O volante cabeceou rente à trave, arrancando o grito de gol do torcedor.

Ele viria aos 15. Em outra boa levantada na área, Aguilar cortou com o braço e o juiz assinalou pênalti. Na batida, Souza deslocou Saucedo com categoria e recolocou o time da casa no jogo. Foi a deixa para que o estádio voltasse a se incendiar, na pressão por mais dois gols.

O empate chegou a sair aos 23 minutos após cabeceio de Kleber Pinheiro, mas a arbitragem marcou impedimento do atacante. Ele estava em posição legal.

Acurralado dentro de seu próprio campo, o Tijuana não conseguia nem mesmo enrolar mais a partida, como fez no primeiro tempo. A equipe teve a chance, contudo, de fazer o terceiro e matar a partida. Riascos puxou contra-ataque rápido, invadiu a área, cortou Bruno e viu Maurício Ramos salvar o perigo em cima da linha.

Os mexicanos ainda tiveram Aguilar expulso com dois cartões amarelos aos 39. Tarde demais para uma reação palmeirense.