quarta-feira, 17 de abril de 2013

Morumbi e Osvaldo são os trunfos do São Paulo, mas Galo é favorito na 'decisão' pela Libertadores

Sem os suspensos Jadson e Luis Fabiano e o lesionado Maicon, Ney Franco tenta transformar os desfalques em um “aliado” para surpreender Cuca. O treinador são-paulino mantém o mistério na escalação, com as dúvidas entre Rodrigo Caio e Paulo Miranda na lateral-direita, Wellington e Fabrício à frente da defesa e Douglas, Cañete ou Wallyson pela direita no 4-2-3-1 confirmado pelo técnico.

No entanto, as armas do tricolor paulista não fogem do óbvio. O Morumbi pulsante em clima de Libertadores e de decisão pode funcionar a favor se o time for intenso e não confundir velocidade com pressa e raça com violência ou desespero.

Adiantar e pressionar a marcação no início é boa solução, mas com a consciência de que o Atlético-MG sabe jogar na bola longa dos zagueiros para Jô preparar pelo alto para as diagonais de Tardelli e Luan, novamente o substituto de Bernard.

Ou fazer a parede e Ronaldinho criar as jogadas. Para vigiar o craque atleticano, Ney deve optar por Wellington, mais marcador, ao lado de Denílson, o volante que sai para o jogo e é o segundo melhor passador do torneio continental (Footstats).

A melhor opção ofensiva do time paulista, porém, será mesmo Osvaldo. Líder em dribles, o segundo que mais finaliza na direção da meta e acerta cruzamentos (Footstats). Sem Jadson, vai depender de Ganso para acioná-lo. Mas pode levar ampla vantagem no confronto direto com Marcos Rocha, ótimo no apoio mas frágil na marcação.

Cuca pode recorrer mais uma vez a Pierre para cobrí-lo e deixar Leandro Donizete com Ganso. Marcos Rocha bateria com Carleto e Luan, mais à direita, voltaria com um dos volantes (veja animação abaixo com as possíveis trocas na marcação do Galo). Uma das muitas opções de uma equipe organizada e com variações táticas interessantes.




O time mineiro é favorito por conta da campanha fantástica, mas também pela velocidade na transição ofensiva e a fase iluminada de Jô que darão trabalho a Tolói e Lúcio. O Atlético é líder no aproveitamento nas finalizações: 56%. A chance de eliminar um tricampeão sul-americano que pode ser forte mais à frente não pode ser desprezada.

O São Paulo precisa atacar, mas não poderá repetir os erros defensivos que tanto atrapalharam a equipe na fase de grupos. Se o Morumbi ferver e Osvaldo assumir a bronca de fazer a diferença, a vitória na "decisão" e a classificação ficam mais possíveis.

Olho Tático
São Paulo e Atlético-MG repetirão o 4-2-3-1 habitual, com o tricolor ofensivo em busca de Osvaldo e o Galo apostando em Jô e na velocidade.
São Paulo e Atlético-MG repetirão o 4-2-3-1 habitual, com o tricolor ofensivo em busca de Osvaldo e o Galo apostando em Jô e na velocidade.