quarta-feira, 17 de abril de 2013

Grêmio reclama de relação com Arena, mas o pecado maior é a folha de pagamento

A folha de pagamento do Grêmio explodiu. Um salto de R$ 6 milhões para R$ 11 milhões mensais explica o déficit do departamento do futebol, mais do que as reclamações, algumas justas, outras não, do presidente Fábio Koff em relação à Arena.

O Grêmio paga mensalmente o dobro do Fluminense em salários de jogadores. Eis o problema central.
Sobre a Arena, o Grêmio reclama de ter de montar um time competitivo no primeiro ano, justamente o período em que os custos são maiores.

Montar um estádio particular, como o Grêmio fez, é como comprar um apartamento. Antes de morar, é preciso montar a casa e isso custa caro.

Isso à parte, o Grêmio reclama de ter diminuído sua participação na renda líquida do estádio de 100 %para 65%. Até 2011, o contrato com a OAS previa que o Grêmio teria 100% do dinheiro arrecadado até o sétimo ano. Era a conta para pagar o financiamento do BNDES, que dura sete anos.

Mas em 2011, o Grêmio pediu a ampliação do estádio para 60 mil lugares. Por isso, foi feita uma minuta no contrato diminuindo a participação gremista para 65% da arrecadação líquida. 
Mensalmente, a Arena paga R$ 2 milhões ao BNDES, além de parcelas trimestrais de R$ 5 milhões, aproximadamente. Na prática, é preciso separar R$ 3,6 milhões por mês para pagar a casa nova.

É factível pagar isso até com parte da arrecadação do sócio-torcedor.
Mas não acrescentando R$ 5 milhões à folha de pagamento e fazendo-a saltar de R$ 6 milhões para R$ 11 milhões.