sábado, 30 de março de 2013

Valdivia, o marajá chileno: R$ 170 mil por jogo com a camisa do Palmeiras

Periquitos de bico quebrado aproveitaram a lambada do ‘Mirasshow’ e a chegada do querido coelhinho da Páscoa para saborear numa calculadora o custo/benefício do mago Valdivia.

Primeira constatação: desde o retorno do jogador, em agosto de 2010, o Palmeiras disputou 191 partidas e o meia esteve em campo apenas 91 vezes, de acordo com levantamento de Fábio Leite, na 'Folha'. Por causa de problemas físicos, cartões e sequestro relâmpago, o chileno participou de 47,9% das partidas.

Contratado por R$ 20 milhões, Valdivia ganha R$ 500 mil por mês. É o maior salário no ninho dos periquitos.

Põe, tira, deixa ficar: em 31 meses, Valdivia aumentou a poupança nossa de cada dia em R$ 15,5 milhões apenas com a remuneração mensal – tem ainda os prêmios por vitória e empate, além do bicho pela Copa do Brasil de 2012.

Isto posto, segue a tarantela: o mago faturou cerca de R$ 170 mil cada vez que entrou em campo para defender o Palmeiras.

O contrato do atleta só termina em 2015. Até lá, o clube tem de pagar com juros o empréstimo de R$ 14 milhões do Banco Banif para comprar 54% dos direitos do meia. O conselheiro Osório Furlan Júnior detém 36% (investiu R$ 6 milhões) e Valdivia é dono de 10%.

A favor do mago contra as cornetas: com ele, o time venceu 45 vezes, empatou 22 e perdeu 24; sem ele, 35 triunfos, 33 empates e 32 fracassos. Ruim com Valdivia, pior sem ele?
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Pitacos da rodada. Na volta das estrelas Neymar e Montillo, Peixe apaga no aquário da Vila Belmiro. Fica duas vezes na frente do Mogi Mirim, mas cede o empate – Neymar completa quatro jogos sem marcar no Paulistinha; em Porto Alegre, defesa entrega o ouro e Grêmio leva chumbo (2 a 1) do Cruzeiro no Gauchinho – bye, bye invencibilidade na Taça Farroupilha.

Sugismundo Freud. Primeiro cave o poço e depois sinta sede.

Arrocho tricolor. O bicho está pegando no soberano São Paulo. A turma da retaguarda espuma de felicidade desde a final da Copa Sul-americana, quando o clube desceu o facão e reduziu pela metade o prêmio do caneco. De quebra, o bem-amado diretor Adalberto Baptista informou que, a partir daquele momento, a ajuda de custo por vitória e empate cairia em 50%. Aos poucos, Baptista está se transformando em primeiro-ministro de 'Juvenal Antena'.

Pica-Pau.
 Não convide o presidente Mario Gobbi e o ex Andrés Sanchez para dividir o mesmo prato de batatinha. Vai sobrar ketchup e mostarda para todos os lados. O eterno rei do sorriso deu uma rasteira em Gobbi na reunião do conselho que vetou propostas para democratizar o Corinthians. 

Só pra contrariar. Dá para apostar na ressurreição do periquito na gaiola de Gilson Kleina após 12 derrotas, nove empates e só 12 vitórias, em 33 jogos?

Zapping 1. A vitória do soberano Tricolor diante do Paulista rendeu 18 pontos no ibope da plim-plim na grande Pauliceia entregue ao bangue-bangue. Uma semana atrás, 15 de Piracicaba x Corinthians cravou 19. A Band, que também transmitiu o jogo do São Paulo, obteve quatro pontos, um a menos que o embate do ‘bando de loucos’. Cada ponto equivale a 62 mil domicílios. Na Cidade Maravilhosa das balas perdidas, a emissora carioca conseguiu 24 pontos com Bangu x Flamengo, mesma audiência da final Botafogo x Vasco, pela Taça Guanabara. Cada ponto representa 38,6 mil residências. 

Zapping 2. Novo contratado da plim-plim, Rubinho ‘Bate-ou-quebra’ pulverizou a apresentação da programação da emissora para este ano. O piloto entrou no palco dirigindo um carro de corrida. Até aí, tudo bem, diria Michael Schumacher. Mas antes, nos bastidores, deixou a máquina ‘morrer’ duas vezes. 

Borogodó no garrafão. O tempo esquentou no jogo Palmeiras x Liga Sorocabana, pelo Nacional de basquete. Lá pelas tantas, o treinador e presidente da Liga, Rinaldo Rodrigues, soltou um ‘vai Corinthians’. A galera ficou uma fera e o diretor palmeirense Siro Casanova foi tirar satisfação. Na saída do vestiário, a PM pintou no pedaço para evitar uma agressão ao técnico, que estava sozinho na jogada. Os atletas da Liga saíram antes. 

Gilete press. De José Luiz Portela, no 'Lance': “A seleção é uma volta ao passado. Um retrô 2002, sem Rivaldo, Ronaldo e Ronaldinho (jovem). Scolari, mais encanecido, rosto fatigado, de touca, parece mais um bom avô. A seleção e a CBF estão desarticuladas. Marin, Parreira e Scolari são a Famiglia, 10 anos depois, mais lassa, obesa e acomodada. Brincando transigentemente com os netos.” Um direto nocauteador.

Tititi d’Aline. O nobre presidente Paulo Nobre realizou um sonho na chefia da amarelinha desbotada: entregou a camisa do Palmeiras ao lateral Marcelo e ao atacante Hulk. Quem não tem cão caça com periquito.

Você sabia que... o deputado-pitbull sugeriu a dobradinha Andrés Sanchez/Raí para comandar o Circo Brasileiro de Futebol?

‘Bola de ouro’. Palmeiras. Sob incansáveis aplausos dos coirmãos corintianos, são-paulinos, santistas e da Série B, o clube decidiu não mexer uma palha no ninho dos periquitos após a sapatada do ‘Mirasshow’.

Bola de latão. Peixe. Um mergulho no balanço das contas de 2012 mostra que os anjinhos vândalos organizados beliscaram R$ 105 mil dos cofres do clube. Dindim para bancar viagens e ingressos em jogos fora do aquário da Vila.

Bola de lixo. Flamengo. O arrocho é mesmo para valer no urubu: gastou com o diretor remunerado Paulo Pelaipe a irrisória quantia de R$ 21 mil em menos de um mês. Bancou hospedagem numa pensão cinco estrelas e celular. 

Bola sete. “Trabalhar no Palmeiras é como morar em Israel. Ao primeiro toque da sirene, você já tem de ficar alerta para ver o que vai acontecer” (do ‘professor’ Gilson Kleina, antes da catástrofe em Mirassol – é fato).

Dúvida pertinente. O Palmeiras está certo em atribuir uma goleada histórica de um dos piores times do Paulistinha a um acidente de um trabalho?