sábado, 21 de julho de 2012

Por que Riquelme não veio para o Cruzeiro? Conheça todo o caso

No meio da tarde de ontem, antes de dizer Não ao Flamengo, o agente argentino Daniel Bolotnikoff recebeu um telefonema de Belo Horizonte. Do outro lado da linha, havia uma garantia: sim, o Cruzeiro mantinha o que havia combinado, queria trazer Riquelme ao Brasil. O emissário em questão já havia aconselhado Riquelme a dizer não ao Flamengo, pelas razões que a maior parte da torcida brasileira conhece: não é um porto seguro hoje em dia. Melhor trabalhar no Cruzeiro, clube de Ronaldo, famoso na Argentina pelas vitórias na Libertadores de 1976 e Supercopa 1991 contra o River Plate, pela derrota na decisão da Libertadores de 1977 para o Boca Juniors.

Em seguida, o Flamengo recebeu a resposta e, enquanto o diretor de futebol Zinho explicava as razões da recusa, um outro telefonema da direção do Cruzeiro pegou de surpresa o emissário destacado para convencer Riquelme. O Cruzeiro avisava que não pretendia mais honrar sua palavra, pagar o que o meia argentino pretendia.

Em português rasgado, o Cruzeiro roeu a corda.

Não é preciso muito esforço para entender a irritação do outro lado da linha. Durante todo o dia, o empresário Daniel Bolotnikoff recusou-se a atender ligações telefônicas deste colunista. Mas, no Cruzeiro, todos conhecem a irritação.

A ideia inicial do Cruzeiro era esperar uma possível proposta do Catar por Montillo e, em seguida vendê-lo. Como não há certeza da proposta, o time mineiro não quis correr o risco. Desde o início, Celso Roth era reticente quanto a escalar Riquelme e Montillo juntos. Mas não foi isso o que pesou. Faltou cumprir o combinado.

Por isso, Riquelme não vai jogar no Brasileirão 2012.

Observação: Ontem à tarde, você também pode ter lido aqui que o Cruzeiro estava contratando Riquelme. A nota dizia: o negócio não está fechado, mas prestes a ser concluído. Era o que estava acontecendo naquele momento.