sábado, 19 de maio de 2012

Neymar apanhou feito gente grande - e foi bom pra ele...

Tava na cara... Depois de algumas molezas pelo Paulistinha (e uma vitoria um tanto quanto ilusória sobre o Sao Paulo...), o Santos tinha tudo para se dar mal no seu primeiro jogo graúdo do ano - contra o Velez, num mata-mata de Libertadores, na Argentina.

O time de Muricy foi de novo levado às nuvens nos últimos dias. Neymar então... Por seus próprios méritos, passou a ser comparado de novo com Messi, terminou o Estadual tricampeão e artilheiro, etc. Voltou a dura realidade do futebol em Buenos Aires - a derrota de 1 x 0 pode significar o fim do sonho do bicampeonato sul-americano para o Santos.

E a volta do Santos à realidade pode ser simbolizada pela volta de Neymar à realidade. A blindagem ao grande talento do futebol nacional, estimulada pela diretoria e comissão técnica do Santos e encampada pela midia, no fim das contas joga contra o camisa 11 do Santos.

A forma pela qual Neymar passou a ser tratado pelos árbitros brasileiros é fictícia e prejudicial. No Brasil, e sobretudo em São Paulo, é proibido encostar en Neymar. Chegou junto, amarelo ou vermelho. Fora os cartões pelo tal rodízio de faltas... Na Libertadores e em qualquer lugar do mundo, fora o Brasil, não tem nada disso.

Não existe blindagem. Neymar sentiu isso em Buenos Aires, numa partida apitada pelo principal árbitro sul-americano da atualidade, o gorducho paraguaio Carlos Amarilla - por sinal casado com uma brasileira... Neymar apanhou feito gente grande. Ou melhor...Neymar foi marcado por gente grande. Com virilidade, dureza, rudeza...

E foi bom para ele. Foi bom para o Santos. Talvez custe a classificação nesta Libertadores. Mas servirá de aprendizado para o futuro - para o time e para o craque.

Neymar, e aí sim a comparação com Messi me parece válida, precisa de vez aprender a ficar de pé, não simular faltas, assimilar as pancadas de jogo, que acontecem e são inerentes a um jogo de contato como o futebol.

O amadurecimento dele como jogador passa por isso. A campanha "Proteja Neymar" bem que poderia mudar de slogan para: "Ajudem Neymar a crescer