quarta-feira, 18 de abril de 2012

Corda no pescoço e faca nos dentes

A semifinal com o Vasco, pela Taça Rio, vale mais do que uma simples vaga para a final do Estadual. Cargos estão em xeque, assim como a continuação de alguns jogadores para o Campeonato Brasileiro.

Em primeiro lugar, a diretoria errou feio, mais uma vez, ao escolher peças erradas para posições estratégicas. A perda do comando técnico foi apenas uma gota d´agua em um processo que começou em 2010.

A fritura do Zico foi só uma demonstração da política podre que os emergentes políticos levam do gabinete para dentro do clube. Acostumados com os acordos na política, eles acham que uma instituição pode passar por isso também.

O grande erro é esquecer que clube é feito por ídolos e história. Rasgá-la ou andar para os herois é, no mínimo, um desrespeito.

Zico se foi, assim como Vanderlei Luxemburgo, que também teve poderes de decisão, mas que pararam na página 5 do Flamengo.

A chegada do Joel Santana foi a escolha paternalista e simplista para buscar resposta imediata. Resposta que não veio. A eliminação na Libertadores não pode ir só para a conta do treinador. Ele teve culpa, mas não foi só ele.

Quando Joel chegou, o elenco já estava montado e o banco de reservas do Flamengo é de chorar.

Desafio qualquer torcedor a indicar qual mudança seria capaz de surtir efeito e mudar o rumo da história na Libertadores.

E se o time for eliminado na Taça Rio, de novo pelo Vasco, o que acontece com Joel e sua turma?

A porta dos fundos lhe será ofertada, como fizeram com todos os outros profissionais citados aqui e que não tiveram o respeito e o respaldo para trabalhar.

De quem é a culpa?

Nem minha, nem sua.