quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Barrichello x Senna

Rubens Barrichello e Bruno Senna travam um duelo por vagas na Fórmula 1 desde antes da entrada do sobrinho de Ayrton na categoria. Situação no mínimo curiosa, levando-se em conta a quantidade de acentos que se vagaram nestes últimos anos.
O embate começou em 2008, quando a falecida equipe Honda promoveu uma espécie de vestibular para escolher o companheiro de Jenson Button para a temporada seguinte. Os japoneses tinham optado por Bruno, mas a montadora resolveu deixar a Fórmula 1 e Ross Brawn, que assumiu o que restou do time, preferiu apostar na experiência de Barrichello.
Prestigiado após um ano de sucesso na Brawn (ex-Honda), Barrichello chegou no final de 2009 podendo escolher onde queria correr. Escolheu a Williams, dizendo estar realizando um sonho, que mais tarde se transformou em pesadelo, tamanhos eram os problemas de desenvolvimento dos carros da equipe. Bruno ficou ‘de molho’, correndo em categorias menores.
No final de 2010, a renovação de Barrichello com a Williams foi colocada em risco, novamente envolvendo o nome de Bruno Senna. Mais uma vez a experiência do recordista de GPs valeu mais e ele conseguiu se manter na categoria.
Senna, para ganhar mais experiência, desistiu de ser titular da nanica Hispania para ser piloto de testes da Renault-Lotus. No meio da temporada de 2011 ganhou lugar de titular, marcou pontos, mas não conseguiu se manter no time.
Agora, Bruno Senna finalmente conseguiu superar Barrichello, pelo menos na preferência da Williams, que vem para 2012 bastante reestruturada, começando de cima. Patrick Head deixou a F-1 para cuidar apenas da divisão de carros híbridos do time.
Outra curiosidade, esta apenas de nomes: Senna chega na Williams novamente em parceria com motor Renault, assim como o tio em 1994. Mas agora, apenas o fabricante de motores chega com títulos na mala.
A nova parceria Senna/Williams surge tão cheia de interrogações (desenvolvimento do carro com motor novo, o próprio conceito do carro, maturidade do piloto e da direção da equipe, citando alguns exemplos) quanto o futuro de Barrichello.
Rubinho ainda não informou se para de uma vez, se vai correr em outra categoria (Stock Car e Fórmula Indy adorariam ter o piloto alinhando no grid), ou se espera um lugar decente na F-1. De qualquer forma, deixar a categoria assim, meio que pela porta dos fundos, é cruel. Não tem cara de despedida.