quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Um doce devaneio: das favelas ao pequeno reajuste de Ganso

Nada contra, ao contrário. Mas não deixa de ser quiçá interessante e, porque não dizer, um doce devaneio. No mesmo dia em que o IBGE informava que 6% da população do país (11.425.644 de pessoas) vivem em favelas, invasões e comunidades com, no mínimo, 51 domicílios, o Santos dava mais uma cartada para segurar Ganso na Vila Belmiro: R$ 650 mil por mês.

Um insignificante reajuste sobre o salário atual, R$ 130 mil. Cinco vezes mais, e não se fala mais nisso. Ganso abriu o bico de felicidade. Uma alegria que ainda poderá ganhar um pequeno reforço de R$ 5 milhões.

O jogador quer que o Santos compre os 10% dos direitos econômicos que ainda lhe pertencem – há quem jure que o grupo DIS, inimigo mortal dos santistas, já teria acertado as contas com Ganso.

Oficialmente, o pizzaiolo de plantão na Vila Belmiro informa que a divisão continua a mesma: Santos 45%, DIS 45% e Ganso, 10%.

Também oficialmente, o ‘chef’ do IBGE indica que os 11 milhões que vivem em favelas correspondem a três vezes a população do Uruguai.

As 20 favelas mais populosas estão localizadas no Rio, São Paulo, Pará e Distrito Federal.

Eu pensei que todo mundo fosse filho de Papai Noel...
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Olha eu aqui. E o rei do sorriso, o popular Andrés Sanchez, hein? Dizia que contava nos dedos os dias que faltavam para largar o trono no Corinthians, sumir do mapa. De fato: dia sim e outro também, ele pinta à frente dos holofotes para dar entrevistas em nome do... Corinthians. Ele aproveitou uma festa de confraternização dos operários que trabalham no Itaquerão para roubar a cena. De camiseta, bermuda e óculos escuros, distribuiu brindes e autógrafos.

Sugismundo Freud. Conhecer o passado é conhecer a sabedoria.

Siricutico. O mandachuva e raios do soberano Tricolor, ‘Juvenal Antena’, mandou um recado aos coirmãos jornalistas, conselheiros e que tais: ultrapassado é quem curte bambolê. Ele garante continuar conhecendo os subterrâneos do esporte bretão mais que tatu. Jura que precisa de apenas 15 minutos para descobrir se vão operar o time. E filosofa: o esporte é uma selva, se não entrar o leão come, se correr o bicho pega. Profundo!

Twitface. Ainda abalado pela dispensa no Tricolor, o vovô Rivaldo curte as irritantes praias do nordeste brasileiro, ao lado de Fernandinho e Luís Fabiano.

Chapéu na mão. Alguns jogadores e funcionários dos periquitos em revista andam radiantes com as notícias de que o clube poderá pagar R$ 450 mil de salário ao atacante Tardelli. Até agora, o peru de Natal está apenas na imaginação dos palmeirenses, já que não pingou na conta a segunda parcela do 13º, além das férias.

Gilete press. De Augusto Nunes, em ‘Veja’: “Ou os times brasileiros redescobrem o drible, a tabelinha, a audácia, o improviso, a fome de gol, o prazer de jogar, ou vão acabar perseguindo a pontapés títulos sem importância em arenas entregues ao controle de quadrilhas organizadas às quais interessa a vitória a qualquer preço. O futebol brasileiro tornou-se banal, sem brilho, triste. Cada vez mais parecido com Ricardo Teixeira, vai ficando com cara de fraude.” Bingo!

Tiro curto. Estranho, muito estranho: o Brasil não participou de uma Copa do Mundo de presos em Dubai. Por falta de elenco é que não foi. Maradona foi o convidado de honra.

Fraldinha. Com o apoio dos clubes à garotada da base, a juventude deverá prevalecer na segundona do Paulistinha. O América de Rio Preto, por exemplo, já começou a renovação: apresentou Marcelinho Carioca, 40 anos. Gestor do time, ele disputará apenas algumas partidas, já que ainda precisa ganhar massa muscular para suportar a maratona de jogos.

Tititi d’Aline. Quem pode, pode. Quem não pode se sacode e olha para o céu: o deputado pitbull Romário é o mais novo dono de um jatinho de oito lugares.

Você sabia que... a multa rescisória de Montillo é de R$ 80 milhões, mas a Raposa bate o martelo por R$ 35 milhões?

Bola de ouro. Jogo das Estrelas. Uma lição de cidadania dada por Zico. Pela oitava vez a gorduchinha vai rolar em benefício de institutos de caridade. Desta vez, no Morumbi: dia 28, às 20 horas. Ingressos: futebolcard.com

Bola de latão. Amarelinha desbotada. Os manos do Mano fecharam a temporada em grande estilo: sexto lugar no ranking da mamãe Fifa, atrás de Espanha, Holanda, Alemanha, Uruguai e Inglaterra.

Bola de lixo. Valdivia. O mago palmeirense e quatro companheiros pegaram 10 jogos de gancho porque exageraram no refrigerante e chegaram ‘manguaçados’ ao hotel da seleção chilena antes do jogo com o Uruguai, pelas eliminatórias.

Bola sete. “É um grande clássico paulista” (de Dimas Fonseca, da Raposa, rindo à toa com a briga entre Corinthians e Tricolor por Montillo – quem dá mais?).

Dúvida pertinente. Pep Guardiola, uma boa saída para recuperar o brilho da amarelinha desbotada?