quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Circo Brasileiro e São Paulo voltam a dividir o mesmo 'edredom'

Acredite se quiser: o soberano São Paulo e o Circo Brasileiro de Futebol se reconciliaram e curtem novamente uma lua de mel.

A incrível revelação partiu do presidente da Federação Paulista de Futebol, o impoluto palmeirense Marco Polo Del Nero, que conhece como poucos os nebulosos subterrâneos do esporte.

Em entrevista à rádio Estadão/ESPN para explicar o louco desejo de a Pauliceia desvairada, esburacada e abandonada receber a Copa das Confederações no Morumbi, o cartola abriu o jogo: não existe mais problema político entre o rei da bola, o carismático Ricardo Teixeira, e o popular ‘Juvenal Antena’ (teria cansado de levar a pior).

Entre tapas e beijos, a pergunta chave do mandachuva e raios do ludopédio paulista para justificar a reacomodação do ‘edredom’: há quanto tempo não pinta uma troca de farpas entre as partes?

De acordo com Del Nero, nunca houve um rompimento para valer, nem mesmo quando o Morumbi foi colocado para escanteio pela mamãe Fifa para receber a Copa de 2014. As picuinhas envolveram apenas o pessoal do segundo escalão.

“O mundo do futebol muda muito”, disse Del Nero.

Qualquer semelhança com a adorável política brasileira não é mera coincidência. Já dizia o saudoso Plínio Marcos, o gênio maldito: “Não existe cartola bom. Se realmente fosse bom, não seria cartola.”
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Fast-food. O rechonchudo imperador Adriano já começa a ser visto pela Fiel como autêntico iPhone ‘made in China’. O tempo passa, o tempo voa, e nada de o atacante entrar em forma. Por mais que a balança do CT corintiano tente ajudar, jamais chega a um número pelo menos aceitável, algo em torno de 98 quilos. Mas fora de campo o imperador continua serelepe. Há quem diga que, em recente roda de chope, pediu xícaras e não copos para disfarçar, todas estrategicamente colocadas em meio a garrafas de refrigerante.

Sugismundo Freud. Gosto não se discute, critica-se.

Pingo no Z. Os alto-falantes da Copa-2014 informam: apenas os estádios consumirão mais de R$ 6 bilhões. O Relatório de Desenvolvimento Humano 2011 comunica: o Brasil tem 5,075 milhões de pessoas que vivem em situação de pobreza – abrange indivíduos que, além de não terem renda, vivem sem acesso a educação ou saúde ou condições de vida consideradas decentes (água, luz e saneamento). A Copa é deles, a conta é nossa.

Twitface. De San Gennaro para São Tomé, após ouvir que Riquelme pode ser o primeiro reforço dos periquitos em revista para 2012: ‘Só acredito vendo’.

Gilete press. De Rodrigo Capelo, da ‘Máquina do Esporte’: “A Adidas fez oferta de R$ 350 milhões em um contrato de dez anos ao Flamengo para derrubar a Olympikus, atual fornecedora de material esportivo. O acordo está sendo costurado pela Traffic, parceira do clube. A empresa está disposta a pagar a multa rescisória de R$ 10 milhões.” Caixinha, obrigado!

Tiro curto. O Universitário do Peru entrou cheio de moral para detonar a nau vascaína na Sul-americana: há cinco meses os jogadores não veem a cor do nuevo sol.

Rebimboca. Pelos ótimos serviços não prestados ao acelerador da Williams, o brasileiro Rubinho ‘Bate-ou-quebra’ será convidado a procurar sua turma. Uma tremenda injustiça, já que o piloto tem apenas 370 pontos a menos que o bicampeão Sebastian Vettel, mas uma eternidade de GPs a mais.

Tititi d’Aline. O astro Ronaldinho Gaúcho ficou tão chateado com a derrota para o Grêmio, mas tão chateado que convidou jogadores, pagodeiros e ombros amigos para chorar as pitangas no sítio que possui em Eldorado do Sul. A fortaleza fica próxima a Porto Alegre.

Você sabia que... o paredão Denis ganha R$ 50 mil por mês no Tricolor, seis vezes menos que o capitão Rogério Ceni?

Bola de ouro. Kelly Slater. O rei da prancha conquistou seu 11º título mundial, o primeiro deles em casa. O americano ganhou 11 das 17 edições que disputou. Menção honrosa: Cristiano Ronaldo. O gajo detonou tabu contra Lyon (o Real nunca havia vencido na França), marcou dois e chegou ao centésimo gol com a camisa do time espanhol.

Bola de latão. Thomaz Bellucci. Uma regularidade fantástica: quinta eliminação seguida em estreias.

Bola de lixo. Luana Piovani. Disposta a aparecer mais que ex-BBB, a atriz classificou a camisa do Palmeiras de pano de chão no Twitter. Ela é são-paulina.

Bola sete. “Hoje eu apostaria no líder. Acha que vou apostar em time que está em quinto ou sexto? Vou no cavalo da frente. Se tivesse que botar dinheiro, apostaria no Corinthians” (do atacante Deivid, um exemplo de otimismo no urubu, seis pontos atrás da equipe corintiana – uma vez Flamengo, sempre...)

Dúvida pertinente. O que acontecerá se o zagueiro Chicão entregar a cenoura para o Coelho?