terça-feira, 29 de novembro de 2011

Bênção no meio

Aos 20 minutos do segundo tempo, Alex carregou o contra-ataque do Corinthians e rolou para Jorge Henrique. Os dois que entraram no segundo tempo poderiam construir a jogada do gol do título e seria a terceira vez seguida que alterações de Tite resolveriam uma partida. Não foi daquela vez. Três minutos depois, a jogada se repetiu com Alex e o cruzamento preciso alcançou a cabeça de Liédson.

Contra o Ceará, Tite colocou Ramírez no final e o peruano fez o gol da vitória. Contra o Atlético-MG, Adriano entrou e desequilibrou. Contra o Figueirense, foi Alex o abençoado, que deixou Liedson cara a cara com a rede e com o título.

Muita gente merece o troféu no Corinthians. Ninguém merece mais do que Tite, que viverá mais uma semana de angústia. A pressão sobre ele vem da perda do título do ano passado. O título perdido nas viagens de 2010 quase chegou numa das visitas de 2011. Logo em Santa Catarina, estado em que o Corinthians ganhou o troféu da Série B, contra o Criciúma, e que quase viu ontem o Corinthians voltar ao seu lugar. Nos pontos corridos, o Corinthians está perto de se tornar o primeiro time a ser rebaixado, voltar e ser campeão. Mas a lógica também vale para o Vasco.
Ontem, o Corinthians não marcou por pressão, agrediu pouco, mas melhorou na segunda etapa, quando Paulinho foi mais ao ataque e Alex foi o armador. Venceu a partida. Antes de assistir a tudo isso, Tite desceu do ônibus na chegada ao Scarpelli, olhou a multidão à sua frente, recuou e se benzeu três vezes. A bênção pode ter ajudado o técnico a substituir bem, pela terceira vez seguida. Ainda não ajudou a garantir a taça.