quarta-feira, 12 de outubro de 2011

No México, novas experiências do laboratório Mano

Você gosta da seleção? Pode dormir mais tarde, já que amanhã é feriado? Então, prepare o café (ou cerveja, pra quem gosta) porque lá vêm mais fortes emoções, no jogo que o Brasil faz com o México, em Torreón, nesta terça-feira. Por causa do fuso horário, a partida começa às 22h30 daqui. Quer dizer, apenas um pouquinho mais tarde do que habitualmente ocorre em meio de semana. O capítulo de hoje da novela será espichado.
Mano Menezes aproveita o jogo contra um adversário que é mostrado como “perigoso” para fazer experiências. Mais observações, intermináveis mexidas em busca da formação ideal. Depois da apresentação mixuruca diante da Costa Rica, o treinador decidiu mandar a campo os laterais titulares (Daniel Alves e Marcelo), a dupla de marcação Lucas Leiva e Fernandinho, o centroavante Hulk no lugar de Fred e Jefferson no gol, pois Julio Cesar se machucou.
O que vão significar todas essas mudanças? Sabe-se lá. Em 17 apresentações anteriores, a seleção mudou bastante, embora Mano tenha deixado no ar um esboço de espinha dorsal, com Julio Cesar, Daniel Alves, Thiago Silva, Lucas Leiva, Neymar como nomes repetidos com constância. André Santos teve seu momento, mas sumiu após ir para o Arsenal.
É uma boa base, mas a questão é outra. Defendo a necessidade de Mano armar o mais rapidamente possível aquela que considera a melhor equipe e insistir com ela. Isso não significa que seja definitiva ou imutável. Nem se deve esperar algo do gênero, pois o futebol é tão dinâmico que alguém poderá ser escalado na véspera da estreia do Brasil na Copa de 14.
Um time-base serve como parâmetro para Mano e para os torcedores. Vislumbra-se dessa maneira mais claramente quem tem condições para seguir adiante no projeto. Os ajustes serão feitos à medida que surgirem necessidade e oportunidade. Como observar, então, o rendimento dos demais convocados? Com substituições durante os jogos e nos períodos de treino. O que não dá é ver uma seleção nova a toda hora, sem que se saiba quem é titular ou não.
As constantes alterações enfim podem ser olhadas de duas maneiras. 1 – Mano quer manter aberta a disputa nas 11 posições e assim estimular os atletas; 2 – Mano não tem certeza do que deseja e altera ao sabor da ocasião. Vamos ver no que vai dar hoje à noite. Tomara só que não dê sono, como na sexta-feira.