quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Dunga agora exige o renegado guri Neymar e volta a detonar craques

E não é que o zangado feliz Dunga resolveu trocar a floresta encantada pela selva de pedra e pintou no Instituto Bola pra Frente, do amigo de fé e irmão camarada Jorginho, para dar uma palestra.

De cara, revelou que não está muito ligado nos manos do Mano, mas deu um pitaco: a amarelinha desbotada tem de jogar com os guris (Neymar, Lucas e Leandro Damião), porque é preciso dar bagagem a eles – um dos argumentos usados por aqueles que defendiam Neymar em 2010.

O ‘professor’ também lembrou o fracasso dos anões no safári da África do Sul, dizendo não estar arrependido de nada. Muito menos de ter desafiado a poderosa plim-plim – deu cartão vermelho aos privilégios da emissora.

E fechou o papo com a velha e surrada crítica à seleção de 1982, comandada por mestre Telê Santana: não ganhou nada (azar da Copa), enquanto a de 1994 conquistou o tetra. “Somos uma geração vencedora. Mas aqui é assim: os bons não recebem elogios.”

Por mais que o filósofo Dunga insista e repita, mais de 180 milhões de brasileiros pensam justamente o contrário. Xô, pragmatismo!
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Pitacos da rodada. O soberano São Paulo tinha tudo, e muito mais, para voltar de Sete Lagoas com os três pontos: apito amigo, time superior e adversário numa tremenda pindaíba, mas perdeu dois pontos, completou quatro jogos sem vitória e pode desabar na tabela do Brasileirão; Grêmio, de espetinho em espetinho, vai matando a fome, e o Peixe, morrendo afogado; Vasco brincou com Aurora e dançou na Sul-americana.

Corinthians 171. A Fiel tem mais motivos para comemorar, além do empate no jogo da arquibancada com os rubro-negros – maiores torcidas do país, com 13% cada. O Corinthians deu estupendo salto para trás no ranking da Federação Internacional de Futebol História e Estatística: caiu 32 posições e agora aparece em 171º lugar. A equipe ocupava a 139ª colocação. Campeão da Libertadores, o Santos desceu dois degraus e está em 15º - é o brasileiro mais bem ranqueado. Outros times do país com algum destaque: Internacional (33º), Cruzeiro (40º), Grêmio (42º), Palmeiras (52º), Vasco (54º) e Tricolor (109º). O Barcelona lidera.

Sugismundo Freud. O mundo é uma bola... use chuteiras.

Balacobaco. De um rubro-negro, ao saber que a Fiel havia igualado o jogo das maiores torcidas do país: ‘Nem assim, eles ganham. Só empatam... ’ Inspirado, a peça do urubu sapecou outra: 'Prometeram entregar a Taça das Bolinhas ao primeiro hexacampeão de verdade, mas os gandulas do Morumbi esconderam as bolinhas a pedido do Rogerio Ceni.’ É, pode ser.

Quadro negro. O pão de queijo está mesmo uma delícia. Que o diga um grupo de professores de matemática da UFMG. As chances de os três times mineiros queimarem no forno do Brasileirão são pequenas: Coelho – 97,4%; Galo – 69,2%; e Raposa – 45,1%. Tudo bem, o ludopédio não é uma ciência exata, mas os números adoram iluminar o caminho das trevas.

Gilete press. De Marcelo Damato, no ‘Lance’: “A Traffic pagou US$ 45 milhões à vista pelo direito de comercializar as áreas de hospitalidade e vender os ingressos para os lugares VIP dos estádios da Copa de 2014. A empresa de J. Hawilla calcula que deverá faturar seis vezes mais com a revenda dos produtos, que comprou em parceria com o Grupo Águia, operadora de turismo que a CBF usa para suas viagens.” Ação entre amigos.

Tiro curto. O ex-jogador Dario Pereyra dançou como observador e consultor da Traffic. Motivo: contenção de despesas na área ligada a jogadores.

A vida é bela. Uma das esperanças de medalha no Pan de Guadalajara, o corredor Lutimar Paes lembra com saudade dos bons tempos de Cruz Alta (RS). Ele não tinha nem material para treinar. Fazia rifa para comprar tênis. Paes, hoje, defende o Pinheiros. Está bem na raia. Mas o esporte brasileiro continua descalço. Dois centros de treinamentos fecharão as portas por falta de dinheiro, um deles na Cidade Maravilhosa dos bueiros perdidos. Que venha a Rio-2016!

Twitface. A ex-jogadora de vôlei Virna só está andando no banco do carona: perdeu a carteira de habilitação numa blitz da Lei Seca, na Lagoa. Que dureza!

Tititi d’Aline. A Neymarmania segue em ritmo alucinante. O garoto santista ganhou até um funk da carioca MC Suzy. Som na caixa: ‘Vem, Neymar! Vem, Neymar!As novinhas estão querendo um jogo particular/As danadas sapequinhas com você querem jogar... ‘ Bem poético!

Você sabia que... o São Paulo obteve uma renda líquida de R$ 2,1 milhões no duelo contra o Flamengo, R$ 200 mil a menos que o total faturado pelo rubro-negro em 13 jogos como mandante?

Bola de ouro. Dilma Rousseff. A presidenta gosta tanto do dono do Circo Brasileiro de Futebol, o carismático Ricardo Teixeira, que fez questão de colocá-lo a milhares de quilômetros do tête-à-tête com a mamãe Fifa.

Bola de latão. Basquete feminino. O Campeonato Nacional adulto pode ficar somente no papel rasgado. Até agora, não pintou um punhadinho de moedas para levantar a bola no garrafão.

Bola de lixo. Simone Alves de Melo. Ouro nos 5 mil e 10 mil metros do Troféu Brasil, a principal fundista do país foi flagrada pela segunda vez no antidoping, segundo a revista ‘Runners’.

Bola sete. “Meu perfil não se encaixa nos chamados clubes grandes. A diretoria quer reunião com torcida organizada, quer isso, quer aquilo. Eu não vendo a minha alma” (de Hélio dos Anjos, 53 anos, 66% de aproveitamento no comando do Dragão goiano – bingo).

Dúvida pertinente. O empresário Edson Arantes do Nascimento deve emprestar Pelé ao Santos no Mundial da Fifa?