sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Viva! Viva! O Brasil ganhou a taça!

Vamos todos às ruas festejar! Vamos soltar rojões e gritar “sou brasileiro, com muito orgulho…” A seleção enfim  ganhou uma taça. Com os 2 a 0 sobre a Argentina, a equipe de Mano Menezes levou a melhor no segundo duelo do Superclássico das Américas e enriqueceu seu acervo com o Troféu Nicolas Leoz, homenagem ao profícuo e sempiterno presidente da Conmebol. Lucas e Neymar foram os heróis da noite inesquecível em Belém e entram para a história do futebol pátrio.
Ok, ironia à parte até que para alguma coisa serviu o caça-níquel com os hermanos. Não me refiro à louvação chapa-branca para o treinador, que de uma hora para outra ganha pontos e vê diminuída a desconfiança que começava a se disseminar em torno de seu trabalho. Como tem bom senso, talvez nem ele leve muito a sério essa conquista. O jogo valeu, digamos assim, para ver em ação Lucas, além dos laterais Cortês e Danilo. E também Neymar, que não foi brilhante, mas esteve longe de decepcionar.
O são-paulino mais esquentou banco do que teve chances, nas diversas convocações anteriores. Dessa vez, começou como titular e teve movimentação excelente, sobretudo quando não se limitiou a ficar na direita do ataque, na tentativa de seguir à risca determinações de Mano. De seus pés partiram as principais jogadas do time no primeiro tempo, que só não foi totalmente  morno  por um lance de Lucas aos 6 minutos e outro aos 38, que não se transformou em gol porque Neymar chegou meio segundo atrasado.
Na etapa final, Lucas fez um belo gol e certamente consolidou sua presença em futuras listas. Mano disse até que tem um “plano” para o rapaz até a Copa de 2014. Ou seja, está tudo dentro do planejado. Sei…
Gostei também do estreante Cortês. Sem inibição, marcou, foi à frente e pareceu muito à vontade. Danilo foi menos ao ataque, mas fez o lançamento longo para Lucas que terminou em gol. Neymar, o xodó do público, arriscou chutes de longe, encarou a marcação e aos poucos se transforma em intocável do time. Vale também uma referência a Borges, menos acionado do que no Santos, mas que não decepcionou. Decepção foram Ronaldinho e o gramado.
Pronto, para não dizer que não falo de flores, quando se trata de seleção, vi aspectos positivos. Mas não me arrepiei com a vitória sobre a Argentina, sentimento que já tive em dezenas de outras ocasiões por considerar esse confronto como o mais importante do futebol mundial.
Mas desta vez, por mais que se esforcem em vender a partida como importante, pra mim não passou de um compromisso comercial. Que, por pouco, não serve para aumentar as críticas para Mano e sua moçada. Lucas e Neymar ­– além de um adversário fraquinho que só – ajudaram a tornar o panorama mais ameno.
Agora, que venham os poderosos Costa Rica e México. Ninguém segura!