segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Santos aposta na intranquilidade corintiana e se dá bem

Muricy Ramalho gostou do primeiro tempo do clássico. Pelo menos foi o que ele disse ao final da partida. O melhor do Santos, no entanto, não era a maneira como a equipe enfrentava o Corinthians, era mesmo o resultado, o jogo ainda vivo, mesmo após um primeiro tempo irregular.

Mas no segundo tempo era preciso mudar a maneira de jogar. Não o formato, o desenho tático, que apresentava Alan Kardek centralizado no meio de campo e Neymar com liberdade de circulação. Era fundamental um comportamento diferente.

O Santos necessitava de mobilidade, de movimentação, sentir mais a partida e jogar um futebol mais próximo dos jogadores que possui. E assim foi o segundo tempo. Kardek passou a buscar os lados, a sair da marcação dos volantes, e a dificultar o jogo para o Corinthians.

O problema corintiano é que o time tem dificuldade para superar os obstáculos de uma partida. Se foi difícil assimilar o empate, imagine o que aconteceu quando Borges desempatou.

A equipe se desfez, perdeu o controle e passou a centralizar as jogadas, mesmo com um jogador a mais a partir dos 21 minutos do segundo tempo.

Com o campeonato caminhado para sua fase decisiva, essa intranquilidade parece fatal para os planos corintianos. E com parte da torcida pressionando, fica ainda mais difícil.

Muricy veio disposto a se aproveitar de tudo isso. E conseguiu. Ficou nas entrelinhas da entrevista coletiva depois do jogo.

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CORINTHIANS 1 X 3 SANTOS
Local: Estádio Pacaembu, em São Paulo (SP)
Data: 18 de setembro de 2011, domingo
Horário: 16 horas (horário de Brasília)
Árbitro: Wilson Luiz Seneme (Fifa-SP)
Assistentes: Herman Brumel Vani e Rogério Pablos Zanardo (ambos de SP)
Público: 34.308 pagantes (total de 37.315)
Renda: R$ 1.178.406,00
Cartões amarelos: Ralf (Corinthians); Henrique (Santos)
Cartão vermelho: Henrique (Santos)
Gols: CORINTHIANS: Liedson, aos 12 minutos do primeiro tempo; SANTOS: Henrique, aos 37 minutos do primeiro tempo; Borges, aos 9, e Alan Kardec, aos 35 minutos do segundo tempo

CORINTHIANS: Julio Cesar; Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Ramon (Welder); Ralf (Danilo), Paulinho e Alex; Willian (Jorge Henrique), Emerson e Liedson. Técnico: Tite

SANTOS: Rafael; Danilo, Edu Dracena, Durval e Léo; Adriano, Henrique e Ibson (Pará); Alan Kardec, Borges (Felipe Anderson) e Neymar (Bruno Rodrigo). Técnico: Muricy Ramalho
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