sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Natália brilha, Brasil vira sobre os Estados Unidos e vai invicto às semifinais do Grand Prix

Se havia alguma dúvida quanto à recuperação total da cirurgia na perna direita de Natália, ela acabou nesta sexta-feira. Pela primeira vez no Grand Prix o Brasil saiu atrás no placar, mas contou com 21 pontos da ponteira, virou a partida e venceu os Estados Unidos por 3 sets a 1, parciais de 22-25, 26-24, 25-21 e 25-20, em Macau (CHN). Com o resultado, a seleção, que já estava garantida nas semifinais, conquistou sua 12ª vitória no torneio e garantiu a invencibilidade.
Além dos 21 pontos de Natália, a equipe comandada por José Roberto Guimarães contou com ótima colaboração de Thaísa, Sheilla e Fernanda Garay, cada uma com 14 pontos. Pelas rivais, Logan Tom e Destinee Hooker anotaram 16 cada.
"Foi uma partida muito boa. As duas equipes jogaram um grande voleibol. A Natália se apresentou bem. Ela é muito importante para o futuro desse time. As americanas têm um voleibol consistente. Estou feliz com a nossa atuação", comemorou Zé Roberto.
Na reedição da última final olímpica (em Pequim-2008 as brasileiras venceram), o Brasil mais uma vez não contou com Mari, que sofre com um estiramento no abdômen, e também teve o desfalque de Paula Pequeno, poupada por sentir dores nas costas. Assim, Fernanda Garay, que vinha atuando, e Natália, foram as titulares. Mas no início do primeiro set a formação pareceu desconcentrada. As americanas abriram 6 a 0 e a vantagem chegou a 16 a 6. Com a entrada de Sassá, Tandara e Fabíola, o Brasil reagiu, diminiu a diferença, mas não conseguiu vencer.
No segundo set, quem abriu vantagem foi o Brasil (5 a 0). Porém, com muitos erros, permitiu uma aproximação no placar. Reestabelecida em quadra, a seleção abriu 15 a 9 e se encaminhava para o empate sem maiores problemas. Mas nova desatenção na reta final do set permitiu o empate das americanas em 23 a 23.  Com 25 a 24 a favor, as comandadas de Zé Roberto contararam com um bloqueio de Thaísa para fechar o set.
Nas duas parciais seguintes, o equilíbrio foi a tônica quase que o tempo todo, com raros momentos de vantagem maior para o Brasil, que, enfim, conseguiu ter uma atuação mais regular dentro do jogo. No quarto set, Zé Roberto, reclamando muito da arbitragem, tomou cartão amarelo e deu um ponto de graça para as rivais. Mesmo assim, continuou reclamando e foi ameaçado de ser expulso de quadra (o que não aconteceu). Mais calmo, o técnico comandou a vitória sem maiores problemas na parcial e no jogo.
Agora, o Brasil espera para saber quem será o rival na semifinal, neste sábado (provavelmente será a Rússia, atual campeã mundial justamente em cima da seleção brasileira).