quarta-feira, 24 de agosto de 2011

A maior das violências: o espanto com o craque que torceu por outro clube

É possível que Kléber jogue melhor o clássico de domingo, contra o Corinthians, do que jogaria sem a motivação que a Gaviões da Fiel lhe causou. Se um dia Kléber foi filiado à principal facção uniformizada do Corinthians -- e foi -- hoje é muito mais próximo da Mancha Alvi-Verde, o que não chega a ser positivo.

Se no passado, como qualquer outro garoto brasileiro, Kléber torceu por um clube e teve um ídolo, como confirma o livro Kléber, o Gladiador, de Maurício Noriega, hoje é profissional do futebol.

Então, não faz sentido discutir se foi o não filiado à Gaviões da Fiel.

Sócrates foi santista na infância, jogou pelo Santos no final da carreira, sempre se soube disso e nunca se ligará o Doutor ao Santos mais do que ao Corinthians, clube do qual foi ídolo.

Careca também torceu pelo Santos, jogou pelo clube da Vila Belmiro no final da carreira e sempre será lembrado vestido de branco, vermelho e preto, com a camisa do São Paulo.

Júnior, o Capacete, disse ter torcido pelo Fluminense, assim como Roberto Dinamite confirmou ter sido torcedor do Botafogo, o que não o impediu de presidir o Vasco.

E se Ademir da Guia já era vivo quando seu pai,  eterno Domingos, jogou no Parque São Jorge, talvez até o maior ídolo que já se vestiu de verde possa um dia ter gritado "Corinthians!"

Kléber só precisa ter a cabeça no lugar que os dirigentes da Gaviões da Fiel não tiveram. Se os torcedores agiram sem pensar no risco que é divulgar informação já publicada, só para escandalizar a maioria desinformada, Kléber deve entrar em campo pronto para ouvir coros de "Doutor, eu não me engano, o Gladiador é corintiano."

Se tiver sangue frio, pode sair do Prudentão mais amado pelos palmeirenses do que