segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Bonde sem freio do urubu já dá sinal de luz no retrovisor da Fiel

A 13ª rodada do Brasileirão foi das mais profícuas para os cariocas. Poderia ser melhor se houvesse mais um representante da Cidade Maravilhosa dos bueiros voadores.

Mas o Avaí desempenhou com louvor o papel de coirmão, aproveitou-se da soberba corintiana, ganhou a primeira em casa e tocou fogo no campeonato.

Os cariocas conquistaram 12 pontos – ou 15, se as mesas de bico quadrado considerarem São Paulo x Vasco um duelo de seis pontos.

Em 360 minutos, os amigos de fé rubro-negro, botafoguense, vascaíno e tricolor marcaram nove gols e não tomaram nenhum coco gelado.

Mais: subiram bem na tabela, tanto que o bonde sem freio do urubu já aparece no retrovisor da Fiel dando sinal de luz.

Já os times da Pauliceia desvairada, esburacada e abandonada, beliscaram apenas três pontinhos em 12. Assinalaram sete gols e levaram 10. Apesar da turma do limão, só os periquitos em desfile venceram.

As caneladas do esporte bretão na guerra RJ/SP:

1) O líder Corinthians abusou do tric tric e da firula, com um sheik acreditando nas mil e uma noites, e tombou diante de um Leão mais pra lá do que pra cá – um vexame; goleiro Renan, um pé-quente: dois jogos, duas derrotas;

2) Luvas de Fernando Prass, principalmente no primeiro tempo, garantiram volta triunfal de Ricardo Gomes ao Morumbi: vascaínos quebraram jejum de seis anos e nove jogos sem derrotar o soberano São Paulo – chora, ‘Juvenal Antena’;

3) Fred ‘Slater’ desencantou e levou Tricolor carioca a destruir carroça cearense sem dó nem piedade; Abel Braga finalmente conseguiu equilibrar o time: seis vitórias e seis derrotas;

4) Pelo jeito, o coração de Ronaldinho continua mais gaúcho do que nunca: mesmo de ‘ressaca’ pela grande exibição contra o Santos, o malabares comandou mais um voo do invicto urubu, com importante ajuda do tiete gremista Victor, e chegou a nove gols na artilharia; Imortal, a caminho da morte;

5) Soy loco por ti, Abreu: tirambaço do agora campeão da América matou a Raposa na Arena do Jacaré e devolveu o sonho de conquistas aos botafoguenses; ‘papai’ Joel já deixou de ser unanimidade na Toca;

6) Mais detonados pela torcida que os vivaldinos do Ministério dos Transportes, Marcos Assunção e Luan garantiram a vitória dos periquitos em revista na casa portuguesa sem certeza – oito jogos sem perder; Kleber, o periquito gladiador, estava certo ao vaticinar que poderia ficar fora do embate porque a canja era favas contadas; Dorival Júnior festejou 50 jogos no Galo em grande estilo: mais uma derrota e ‘fora, fora... ’;

7) Furacão: um começo avassalador, depois preocupação e, no final, uma grande festa – até que enfim passou a lanterna; Santos, mais um tropeço: de brincadeira, a zona do agrião queimado já incomoda.
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Pitacos da rodada. Remendado, Internacional atacou, atacou, atacou, e Dragão defendeu, defendeu, defendeu: 0 a 0 óbvio no Beira-Rio; sob as orações de 14.820 fiéis no Pituaçu, Bahia obteve primeira vitória em casa – saravá; Coxa quebrou ‘virgindade’ como visitante em Sete Lagoas – azar do cada vez mais estraçalhado Coelho, o novo lanterna.

Sugismundo Freud. Santos 4 x 5 Flamengo: espécie em extinção.

PAC. O ‘Plano de Aceleração da Copa-2014’ informa ao eloquente e explorado contribuinte: no mesmo dia em que R$ 30 milhões eram queimados na Marina da Glória com o sorteio das eliminatórias, o site da ‘Veja’ soltava pesquisa sobre a grande festa da mamãe Fifa daqui a três anos. Para 72% dos 1.879 entrevistados, a palavra que deverá representar o torneio é ‘corrupção’. Oito em cada 10 pessoas apostam que a imagem do Mundial será negativa. Já a conquista do hexa pela amarelinha desbotada ficará no sonho para 83%. A Copa é deles, a conta é nossa.

Tiro curto. De um urubu assanhado, sobre a volta de Ronaldinho Gaúcho à seleção: ‘Ela já está nela!’.

Gilete press. De Ricardo Perrone, no ‘Uol’: “Dilma Rousseff mostrou no sorteio das eliminatórias da Copa que está aposentado o ‘futebolês’ de Lula (...). Dilma não deu bola para Havelange. Foi fria com Teixeira e Blatter. Acabou a camaradagem dos tempos de Lula com a Fifa e a CBF. A boleiragem no caso de Dilma irá se limitar a Pelé, escolhido a dedo para cutucar Teixeira e ser a cara da metade governamental da Copa.” Ainda há esperança.

Circo. Nem tudo está perdido: Rubinho ‘Bate-ou-quebra’ encontra-se somente a 230 pontos de Sebastian Vettel. Vai, Rubiiiiiiiinho!

Tchibum. EUA (Ryan Lochte) 5 x 4 Brasil (Cesar Cielo/Felipe França/Ana Marcela Cunha).

Tititi d’Aline. Acredite se quiser: menos de 24 horas após o inesquecível recital de santistas e rubro-negros na Vila Belmiro, os ambulantes faturavam horrores com a venda de um DVD do espetáculo no centro do Rio. Preço: R$ 10.

Você sabia que... o Avaí não vencia em casa desde as quartas de final da Copa do Brasil, quando bateu o São Paulo?

Bola de ouro. Fora Ricardo Teixeira. O primeiro passo reuniu 700 manifestantes, como na campanha ‘Diretas Já’. E todo mundo viu no que deu...

Bola de latão. Emerson. O sheik corintiano se acha craque sem nunca ter sido.

Bola de lixo. Apito amigo. Os assopradores de latinha deixam o pau comer e só marcam pênalti se a vítima for para o hospital.

Bola sete. “Ele não pode só passar a bola e ser garçom. Tem de gostar de gol. Por isso, estou mudando a posição dele” (do ‘pofexô’ Vanderlei Luxemburgo, sobre o artilheiro Ronaldinho Gaúcho – o ‘mestre dos mestres’ sabe tudo!).

Dúvida pertinente. A turma do limão vai comprar o boneco de Felipão por R$ 349,90?