terça-feira, 12 de julho de 2011

Argentina deve ser mais forte, agora que tirou a pressão de suas costas



A Argentina criou 18 oportunidades de gol no primeiro tempo, entre as agudas, como a bola na trave de Burdisso, e as menos intensas, como o cruzamento de Di Maria, que cruzou a meta de Moreira e saiu do outro lado em tiro de meta. Mas foi um primeiro tempo com um problema grave. Depois de ótimo início, o time se espalhou à medida em que o tempo passava, sem o gol sair. Mais distantes, os jogadoes erravam mais passes, evidenciavam o nervosismo. Mas criavam chances e mais chances, mesmo tensos.

Quando o gol saiu, no rebote do tiro de Gago -- ótima atuação --aproveitado por Aguero -- três gols, artilheiro da Copa América -- foi como se a Argentina tirasse do segundo tempo os três zagueiros que mais a atrapalhavam: Ansiedade, Angústia e Aflição.

Sem esses beques, o jogo fluiu muito mais na segunda etapa. E se viu Messi.

O mesmo jogador convocado pela primeira vez para a seleção sub-20 pelo técnico Hugo Tocalli que, em 2004, pediu que observassem ao garoto que assistira por uma fita de vídeo: um tal Mecci (acredite, Tocalli escrevia seu nome assim, a Argentina não sabia de quem se tratava).

E ainda não sabe.
Ou não passaria tanto tempo discutindo por que Messi não joga pela Argentina o que joga pelo Barcelona. Ora, porque há anos a Argentina não tem um time. Poco equipo, menos Messi, escreveu o Clarín no dia seguinte ao empate com a Colômbia.

Os três gols contra o frágil time da Costa Rica tiram o peso das costas. Não, a Costa Rica não é parâmetro. Mas é preciso saber avaliar o que atrapalhava a Argentina e como será o comportamento a partir de agora. No mesmo 4-3-3 de antes, com Gago e Di Maria meias, Messi na ponta direita, Higuaín centroavante e Aguero ponta esquerda, o time fez sua melhor atuação.

Mais leve, chegará forte às quartas-de-final. E, claro, é candidata ao título, mesmo que tenha o mais duro dos adversários na próxima fase: o Uruguai.