segunda-feira, 25 de julho de 2011

Acabou a paciência, Mano?

Ralf, Luiz Gustavo, Fernandinho, Jonas, Dedé, Renato Augusto... As seis novidades da convocação do técnico Mano Menezes para o amistoso contra a Alemanha não são lá grandes novidades. Nenhum deles, em tese, será titular contra os alemães. A essência/coerência do trabalho do treinador continua nesta nova lista, a primeira após o fiasco na Copa América. A entrevista de Mano, para justificar os nomes escolhidos é a prova cabal disso.

1. Mano continua apostando num eventual 'resgate do futebol arte', com a manutenção de um quarteto ofensivo: Ganso, Neymar, Pato e Robinho.

2. Mano continua com suas antigas birras. Marcelo e Hernanes? Nem pensar.

3. Mano continua tendo dificuldades em renovar a seleção, com uma safra nem tão boa assim.

4. Mano continua pouco se importando com o prejuízo que a seleção eventual traz aos clubes brasileiros. Santos e Corinthians têm jogo marcado na data em que a seleção enfrenta a Alemanha.

O que mudou então? Mudou o até então comportamento sereno de Mano. Ele já dá sinais de estresse, de incômodo com a pressão que vem sofrendo. Algo, aliás, inerente à profissão de treinador da seleção brasileira.

Quando analisou a cobrança da imprensa e opinião pública no dia seguinte à eliminação da seleção brasileira para o Paraguai, Mano parece ter se metido num encruzilhada.

"Se o time vence, mas joga feio, vocês reclamam. Se no time não vence, mas joga bonito, vocês reclamam também". Foi mais ou menos o que Mano disse, ainda na Argentina.

Pois é. Seleção brasileira é assim. Tem que ganhar, e jogando bonito. E mais uma coisa: tem de transpirar, mostrar raça, dedicação.

Na prática, o título do Uruguai na Copa América aumentou a cobrança sobre Mano Menezes. O 'espírito' de luta dos uruguaios também tem de fazer parte do cardápio brasileiro.

Até agora a seleção de Mano não foi nada disso. Não ganhou, não jogou bonito, não teve espírito ou alma. Será que vai chegar lá?

Para você, em ordem de preferência: o que é vital para a seleção brasileira. Vencer? Jogar bonito? Ou mostrar espírito de luta?