quarta-feira, 20 de abril de 2011

Mangueira desiste de colocar o Santos para rebolar na avenida

O samba do centenário do Santos atravessou na Sapucaí. A Mangueira exigiu R$ 12 milhões para colocar o clube na avenida e não deu baticumbum. O enredo da escola será o ‘Cacique de Ramos’.

A ideia de botar o Santos para rebolar no carnaval de 2012 nasceu em março, após uma visita do presidente da Mangueira, Ivo Meirelles, à Baixada.

O grande destaque na passarela seria Pelé. Mas até a cuíca gemer no sambódromo, a imagem do rei funcionaria como chamariz de patrocínio.

“Tem gente do Santos que é mangueirense como eu. Seria uma maneira muito legal de comemorar o centenário”, disse à época o mandachuva e trovoadas do clube, Luís Álvaro Ribeiro.

Alguns empresários santistas haviam gostado do esquindolelê e se comprometido a bancar o desfile da Verde Rosa, 18 títulos, o último em 2002.

O garoto Neymar vibrou com a possibilidade de rasgar a fantasia, já que após o Brasileirão/2010 sambou na quadra da Mangueira até de madrugada.

O sonho, porém, subiu no telhado. De acordo com Rodrigo Capelo, da ‘Máquina do Esporte’, o Santos não deu garantias de que poderia bancar R$ 12 milhões – grana que poderia sair do enxoval do time e de camarotes na Sapucaí.

Uma boa parte dos mangueirenses respirou aliviada com a troca do enredo. Centenário de clube não é bom negócio na avenida.

Em 1998, a Unidos da Tijuca homenageou os 100 anos do Vasco e acabou rebaixada. A Estácio de Sá também dançou com o Flamengo, o mesmo acontecendo com a Gaviões no centenário do Corinthians.
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Dá-lhe, Pardal. Justiça seja feita. O magnânimo Marco Polo Del Nero, comandante da brilhante e absolutamente opaca FPF, está certíssimo ao proclamar que o próximo Paulistinha será uma cópia do atual, um campeão de bilheteria. A média de público, depois de parcos 190 jogos, atingiu fantásticos 4.962 pagantes. A 19ª e última rodada da estupenda fase de classificação reuniu 3.744 testemunhas por jogo. Números mais que suficientes para deixar os organizadores de torneios de várzea preocupados com o mercado.

Sugismundo Freud. Em briga virtual não se mexe na tomada.

Pica-Pau. O ninho dos periquitos em revista é um poço de humildade, um autêntico templo budista. Discute-se agora, em um invejável tom de canhão, quem merece os elogios pela campanha do Palmeiras no Paulistinha e na Copa do Brasil. Qualquer sugestão será bem-vinda – menos Felipão, salários em dia e bichos por vitória.

Twitter. Valeram as preces dos coirmãos gremistas: Inter bate Emelec, termina em primeiro e chega em vantagem ao mata-mata da Libertadores.

Zapping. O Paulistinha rendeu até agora a média de 18 pontos no ibope global, um fiasco – em 2010, depois da primeira fase, a média foi de 20,7 pontos. O Corinthians liderou o ranking da pipoca, com 20,3. Em seguida, São Paulo e Palmeiras, com 18,8 e 18,6, respectivamente. Cada uma das equipes desfilou seis vezes pela plim-plim. Com quatro jogos, o Santos amealhou 16,2 pontos.

Facebook. A presidenta Patrícia Amorim mandou um solidário recado às meninas que sonham vestir o manto sagrado: por ora, não existe nenhuma chance de o Flamengo montar um time feminino.

Gilete press. Do colunista Marcelo Damato, no ‘Lance’: “Pelos quatro anos de contrato com a TV Globo, o Flamengo receberá um total de R$ 420 milhões. Deste montante, a emissora vai pagar R$ 44 milhões este ano, a título de luvas e adiantamento pela assinatura do contrato, que ainda precisa ser aprovado pelo Conselho Deliberativo. Neste valor não está previsto o dinheiro do pay-per-view.” A contratação de Vagner Love poderá engolir parte da grana.

Tititi d’Aline. O São Paulo espera arrecadar R$ 13 milhões com shows (nove) no Morumbi em 2011, grana que bancaria as despesas anuais do estádio.

Você sabia que... o ex-delegado Antonio Lopes proibiu dancinhas no Vitória contra o Bahia?

Pombo-correio. "Uma dica a Tite: melhore sua ‘resultabilidade’ e recupere o equilíbrio. Devido à ‘dinamicidade’ do meio futebolístico, sua ‘empregabilidade’ pode ficar comprometida" – do internauta Lucas Corrêa. Desce o pano.

Bola de ouro. Dedê. Mais de 1.500 pessoas comemoraram o aniversário de 33 anos do lateral brasileiro no centro da cidade de Dortmund. Há 13 anos Dedê defende o Borussia. Ele já atuou 320 vezes pelo time alemão.

Bola de latão. Polvos. Ninguém aguenta mais os moluscos videntes. Paul, primeiro e único.

Bola de lixo. Congresso. Boa parte de nossos ilustríssimos representantes na ilha da fantasia deseja jogos antes das 22 horas. Deputados e senadores prometem até pressionar o Circo Brasileiro de Futebol e a Vênus Platinada. Tudo a ver: manda quem pode (plim-plim), obedece quem tem dívidas.

Bola sete. “Há três meses, eles falavam em nome do Palmeiras. Hoje, dão entrevistas em nome da empresa. É o fim” (do cardeal Mustafá Contursi, sobre a contratação de ex-dirigentes pela WTorre, responsável pela Arena Palestra).

Dúvida pertinente. Imperador Adriano, cinco meses no estaleiro: apenas uma fatalidade?