quinta-feira, 31 de março de 2011

Joel vibra com gol de 'Sorriso' e diz que deixou porta encostada no Botafogo

Mesmo fora, Joel Santana não deixa de estar por dentro do Botafogo. Prova disso é que o treinador não só acompanhou como vibrou com o gol marcado por Willian na vitória por 2 a 1 sobre o Paraná, quarta-feira, na Vila Capanema, pela Copa do Brasil. O ex-treinador alvinegro revelou ter grande para o com o jogador, que possui um apelido curioso.
“Eu gosto de variar um pouco e dou apelido para os meus jogadores. Eu chamava o Willian de Sorriso. O cara estava sempre rindo. Quando ele fez o gol, eu vibrei na minha casa. Disse para ele que uma hora ia chegar a oportunidade. Fiquei muito feliz”, disse ao Sportv.
Em seu discurso, o treinador deu a entender que deixou o Botafogo devido ao desgaste. Joel Santana afirmou que alguns acontecimentos internos fizeram com que ele mesmo desse fim ao trabalho que já durava 14 meses.
“Prefiro deixar o tempo dizer o que realmente houve. Em termos de direção, tive momentos ótimos com todos dentro do clube. É difícil acontecer isso. Mas esse mundo do futebol me ensinou muita coisa. Para sair do Botafogo, eu preferi deixar a porta encostada do que fechada”, afirmou.
Joel Santana ainda comentou sobre dois jogadores específicos: Loco Abreu e Jóbson. Tanto um quanto o outro renderam problemas ao treinador enquanto este comandava o Glorioso. Porém, como um bom disciplinador, o ‘Papai’ preferiu não polemizar.
“O Loco Abreu é um jogador irreverente. Desde que ele não me ofenda, está tudo certo. Não posso dar resposta ao jogador e nem dar sinal da minha autoridade como treinador. Ele (Abreu) foi a minha sala, conversamos e resolvemos tudo. Mas sempre as pessoas batem na mesma tecla. Não preciso ficar falando com o jogador todo o dia para provar que está tudo bem entre nós”, afirmou, para emendar o caso de Jóbson, que deixou o Atlético-MG, mas teve o seu desejo de retornar ao Botafogo recusado pela diretoria.
“Na última chance que o Jóbson teve enquanto estive lá, conversei com ele e achei que não estava sendo verdadeiro. Não gosto de gente mentirosa. Disse que não era mais pai dele, mas com o coração partido. Mostrei o lado de família para ele, que acabava trocando de carro a toda hora. Se eu fosse treinador e ele quisesse voltar, estenderia a mão novamente. Mas se não desse certo, não teria mais volta”, encerrou.