Bianca Daga
Ilkay Gundogan, Paul Pogba, o brasileiro Marquinhos… são muitos os nomes ligados ao Barcelona para a próxima janela de transferências, no meio do ano. E não é novidade, a exemplo do sempre especulativo futuro de Neymar, se fica ou se sai. O mercado, pelo menos na teoria, é constantemente muito movimentado por lá. E quem está na linha de frente para definir o que as finanças permitem é Susana Monje, mulher mais poderosa da história do clube catalão.
Sócia número 89.087, ela a primeira mulher a ocupar o posto de tesoureira na história do Barça. Antes responsável pelas equipes de handebol, Susana foi eleita, nas eleições realizadas em julho do ano passado, vice-presidente financeira do clube.
Graduada em Administração de Empresas pela Universidade de Barcelona, onde também concluiu especialização em Estudos de Negócios, aos 44 anos é sócia e diretora-geral do Grupo Essentium, conglomerado de empresas presente em mais de 40 países que opera em cinco áreas: infraestrutura, construção industrial, energia, matéria-prima para construção e habitação.
No início de março, a “dona” das finanças já avisou que o verão europeu será bastante movimentado para o Barcelona, e não só na teoria. “Nunca comentamos sobre as prováveis contratações. Não podemos tornar público o que estamos trabalhando durante a temporada. Nosso secretário técnico observa muitos jogadores, e vocês saberão na hora certa. Mas será um verão intenso, com certeza.”
Foi Susana a responsável por apresentar, em coletiva de imprensa em outubro do ano passado, o orçamento do clube catalão para a temporada atual, 2015/2016, com 4% a mais em relação ao exercício anterior. A meta estabelecida é de um superávit de 20 milhões de euros (R$ 86 milhões), descontados impostos e outros gastos.
A vice-presidente financeira garantiu, na ocasião, que o Barcelona vive seus melhores dias. No entanto, alertou para abusos. “O clube está na melhor situação econômica de sua história, e há potencial para o crescimento da receita. O Barça pode se dar ao luxo de contratar, mas recomendamos prudência extrema.”
Por outro lado, a dívida aumentou de 287 para 328 milhões de euros (R$ 1,4 bilhão), por conta do investimento em contratações caras. O objetivo é que o número esteja abaixo de R$ 1,2 bilhão na próxima temporada. O que também aumentou foram os salários dos jogadores profissionais e das categorias de base. E, para isso, ela tem uma proposta. “O Fair Play Financeiro tem que chegar aos salários. Se não, viveremos em uma espiral de inflação.”