segunda-feira, 14 de março de 2016

O Santos agrada de novo

O 1 a 0 contra o Água Santa mentiu. O Santos jogou no sábado (12) no Pacaembu o mesmo futebol que andou encantando na temporada passada, mesmo capaz de fazê-lo ganhar apenas o título estadual.
A pálida atuação na decisão da Copa do Brasil acabou por acarretar uma avaliação até certo ponto injusta, como injusto foi o resultado contra a equipe de Diadema.
Bola de pé em pé, jogadores próximos uns dos outros, velocidade, busca permanente do gol.
Há problemas, é claro, daqueles que técnico algum resolve quando falta talento ou frieza na hora de converter em gols a superioridade no gramado.
É claro que treinar fundamentos ajuda, talvez a maior contribuição deixada por Telê Santana, daqueles técnicos que gostariam de ver seus jogadores dormindo com a bola, gostassem dela e a tratassem com o carinho.
Porque se há um aspecto que chama a atenção nos ditos times grandes do futebol brasileiro é exatamente a incapacidade de tornar fáceis os jogos contra os pequenos.
Por mais covarde que pareça a comparação, equipes como as do Barcelona e do Bayern Munique quase sempre se impõem quando a diferença técnica é abissal.
O Barça, por exemplo, ganha em média seus jogos no Espanhol por 2,9 a 0,75. Os bávaros vencem por 2,5 a 0,5. Já o Santos se limita a vencer por 0,8 a 0,4.
Verdade que o time da Vila Belmiro está apenas no nono jogo oficial em 2016, ao passo que os europeus já ultrapassaram o 30º.
Seja como for, é o Santos que agora volta a jogar como é gostoso ver. O que é boa notícia para a reta final do Paulistinha.
Por falar em Vila Belmiro, novamente o torcedor santista deu o ar de sua graça no sábado à noite, com mais de 16 mil pagantes.
Por delicada que seja a questão de usar menos o seu estádio, onde o time raramente se dá mal, a direção do Santos precisa ter a coragem de usar mais o campo paulistano.
É difícil imaginá-lo como o alçapão que já foi chamado de "a Vila mais famosa do mundo" porque a casa de Coutinho, Pelé e Pepe, um trio que, de fato, não deve nada ao MSN de Messi, Suárez e Neymar. Mas o
Pacaembu tem sido mais caloroso, e rentável, que a Vila, sem dizer que não há estádio tão amigável para se ver um jogo como o velho "próprio da municipalidade".
Indiscutível o fato de o Santos ter mais torcedores na capital do que na cidade praiana.
Registre-se que São Paulo e Palmeiras neste domingo (13) levaram menos gente que o Santos ao Pacaembu, apenas 14 mil torcedores.
O CHOQUE-REI
E o clássico mereceu lotação esgotada.
Com temperatura amena na manhã da Pauliceia, o embate teria terminado ao menos com mais um gol de cada lado, não fossem as duas interpretações equivocadas na marcação de dois impedimentos, do tricolor Schmidt e do alviverde Dudu.
Qualquer um dos times poderia ter vencido, tantas foram as vezes que os ataques chegaram ao arco rival, numa partida disputada em alta voltagem.
A vitória palmeirense por 2 a 0, graças a belo contra-ataque aproveitado por Dudu e a um golaço de Robinho, era mesmo mais importante do que para o São Paulo após os jogos de ambos pela Libertadores.