Cuca será apresentado segunda-feira e estreará como treinador do Palmeiras contra o Nacional, em Montevidéu.
A negociação foi concluída no início da noite deste sábado. Faltava acertar a questão salarial de seus auxiliares, o assistente técnico Cuquinha e o analista de desempenho Eudes, que chegarão junto com o novo treinador.
Seu contrato será até o final deste ano de 2016, período de mandato do presidente Paulo Nobre.
Para muita gente, Cuca representa a seqüência de Marcelo Oliveira, porque o Atlético usava muitas vezes as ligações diretas e não era um time de posse de bola. Não é bem assim.
Primeiro porque Marcelo Oliveira nunca pretendeu um time de ligação direta. Apenas não conseguiu fazer seu time jogar bem de modo diferente. Segundo, porque Cuca dirigiu equipes de estilos diferentes. O Botafogo de 2007 era envolvente, movimentava-se muito, jogava num 3-4-3 com saída de bola por baixo e trocas constantes de posição. O São Paulo, semifinalista da Libertadores de 2004, era seguro na defesa, forte no meio-de-campo. O Atlético tinha jogada ensaiada com o desvio de cabeça de Jô, para outro atacante infiltrar-se e marcar, mas sabia cadenciar o jogo. Ronaldinho pisava na bola para fazer isso.
O Palmeiras de Cuca vai ter de se adaptar às características do elenco. É possível ter um time que acelere o ritmo na hora certa e diminua no momento correto. Cuca é estrategista e o grande candidato a ser o anti Tite. Ninguém tem tanto potencial para ser o melhor técnico do Brasil hoje, rivalizando com o treinador do Corinthians, quanto o novo comandante do Palmeiras.
O trabalho começa segunda-feira. A estreia será em Montevidéu, contra o Nacional. A pergunta é se haverá tempo para salvar a campanha na Libertadores ou se o desafio será a conquista do Brasileirão, que o Palmeiras não tem desde 1994. Se tudo isso acontecer, Cuca renovará seu contrato e será o treinador também em 2017.
