O Flamengo tem uma reunião decisiva marcada para a noite desta segunda-feira, para decidir o que fazer depois da proibição da Federação do Estado do Rio (FERJ) de os clubes do Rio disputarem a Primeira Liga. O Conselho Arbitral do Campeonato Carioca definiu no fim da semana passada que Flamengo e Fluminense não têm autorização para jogar a partir do dia 27 o torneio contra os clubes de Minas e da Região Sul. A dupla Fla-Flu garante a participação mesmo assim.
“Nós vamos jogar'', diz o presidente rubro-negro, Eduardo Bandeira de Mello.
A reunião desta noite vai definir quais serão os procedimentos para entrar em campo. Uma hipótese é buscar uma liminar na Justiça para disputar o torneio com o time titular. “Acho que isso não vai ser necessário'', diz Bandeira.
O problema é que o diálogo também parece inviável. A posição da CBF é de atender às necessidades de um de seus filiados, no caso a Federação do Rio. O presidente da FERJ, Rubens Lopes, já conversou com dirigentes da CBF e a federação tem o caminho definido para confirmar a proibição. A partir do momento em que Flamengo e Fluminense entrem em campo no dia 27 de janeiro, para o início do torneio, a FERJ pedirá à CBF que encaminhe o caso à Fifa indicando punição aos clubes.
A briga da Ferj é insana. O torneio tem apenas cinco datas, a Primeira Liga nasceu com uma seqüência de desavenças políticas que ameaçaram a realização e ainda assim a nova disputa incomoda os dirigentes do Vasco e da Ferj. A Primeira Liga não é o cenário ideal para iniciar a reforma do futebol brasileiro, porque aumenta o número de jogos num calendário inchado. Mas politicamente pode ser o primeiro passo para a Liga Nacional.
O Flamengo garante que jogará a Primeira Liga e tem estreia marcada para dia 27 de janeiro contra o Atlético Mineiro.
Também assume que vai jogar o Campeonato Carioca com o time titular, diferente do que pretendia no final do ano passado.
