GAZETA PRESS
Encarregado de substituir Levir Culpi, demitido no final de novembro, nas duas rodadas finais do Campeonato Brasileiro, o técnico interino Diogo Giacomini acabou por também herdar a responsabilidade de conduzir o elenco atleticano ao vice-campeonato brasileiro. Diante deste cenário, o jovem técnico tinha que, primeiramente, recuperar o moral dos jogadores atleticanos, que estava abatido após uma sequência ruim de resultados.
No primeiro desafio, o time acabou derrotado por 1 a 0 para o Grêmio, o que não abalou Giacomini. Mantendo seu método de trabalho, o treinador acabou sendo recompensado com a vitória sobre a Chapecoense, por 3 a 0, neste domingo, no Mineirão, que acabou por garantir o vice-campeonato brasileiro ao Atlético-MG.
"Tentei, desde o primeiro dia, valorizar a temporada, junto aos jogadores, para que não ocorresse uma queda de rendimento e a equipe que brigou a todo ano para ser campeã acabasse ficando nem em segundo. Mostrei a eles que a temporada foi muito boa. No final da preleção de hoje, a gente mostrou um vídeo com os melhores momentos da equipe na temporada, tentando resgatar todas as vitórias, as jogadas bonitas, as defesas. E eu acho que foi importante isso para que hoje a equipe fizesse um jogo seguro, controlasse e saísse com uma vitória consistente", colocou Giacomini, que não deixou de comentar sobre o desafio de comandar a equipe principal do Atlético-MG.
"Encarei esses dez dias como mais uma etapa da minha formação profissional. Aproveitei bem, vivi intensamente todos os momentos na concentração, no dia a dia, nos treinamentos, analisando os adversários. Saio muito mais fortalecido para dar sequência nessa difícil, mas apaixonante carreira de treinador", acrescentou.
Apesar de ter comandado o Atlético-MG por um período tão curto, Giacomini projetou uma temporada ainda mais vitoriosa para o clube no ano que vem, ressaltando a qualidade do elenco alvinegro, bem como a chegada de um profissional gabaritado como o uruguaio Diego Aguirre, que assume o comando do alvinegro em 2016.
"Falei para eles no vestiário que vejo a equipe muito forte para o ano que vem. No Brasil, ter um elenco que joga junto há muito tempo, que vai fazer algumas contratações, que tem jogadores atuando em alto nível e vai para o quarto ano seguido na Libertadores, a chance de chegar alto é sempre muito grande. O que atrapalha é a vaidade. E eu não vi isso aqui. Vi um grupo coeso, unido. E com o Aguirre, esse grupo pode render muito e fazer uma temporada acima da de 2015", concluiu.