domingo, 2 de agosto de 2015

ANÁLISE: Ronda não luta como homem; luta para acabar com preconceitos

GETTY
Prazer, Ronda Rousey, a melhor do mundo. Disparado!
Prazer, Ronda Rousey, a melhor do mundo. Disparado!
Deixem o machismo de lado: Ronda Rousey não luta como um homem. E nem deveria lutar entre os homens porque não achou uma adversária que possa derrotá-la.
Dizer que Ronda luta como um homem é um insulto ao que a própria Ronda significa para a história do MMA. Não fosse por ela, as mulheres nunca teriam chegado ao UFC. E o grande público perderia a chance de ver lutadoras incríveis, como Miesha Tate, Cláudia Gadelha e Joanna Jedrzejczyk.
Todas elas, aliás, teriam condições de dar uma verdadeira surra em alguns dos homens de suas categorias. Mas não porque lutam como homens, e sim porque são melhores do que eles.
Que cada vez existam menos Fedor Emilianenkos - que acha até hoje que esporte de mulher é ginástica. Passou da hora de todos aceitarem que as mulheres sabem, sim, lutar MMA. Assim como sabem jogar vôlei, futebol, basquete, tênis nadar, correr e fazer todos os outros esportes.
Ronda Rousey fez parte do mundo parar na noite sábado (madrugada de domingo no Brasil). Celebridades dos Estados Unidos pararam para assisti-la lutar. De um jeito que praticamente nunca fizeram com nenhum lutador do UFC.
É bom que todos aceitem: hoje, quem manda no dito ‘esporte de machos' é uma mulher. E é muito bom que seja assim para derrubar mais e mais todos os preconceitos.