segunda-feira, 31 de agosto de 2015

21 dias para conhecermos os favoritos a medalhas no basquete masculino

Brasil, como país sede; Estados Unidos, como campeões mundiais; Austrália, vencedora do Campeonato da Oceania; Nigéria, campeã do Afrobasket.
Por enquanto, estas são as quatro seleções de basquete masculino já garantidas nas Olimpíadas do ano que vem, no Rio de Janeiro. Nos próximos 21 dias, outras quatro garantirão vagas, e naturalmente algumas das favoritas a medalhas.
A Copa América de Basquete começa nesta segunda-feira, vai até 12 de setembro e garante dois times nos jogos olímpicos. Já o Eurobasket, de gigante equilíbrio, vai do dia 5 ao dia 20 e também colocará duas equipes na principal competição de basquete do planeta. Depois, faltarão apenas o representante asiático e os três oriundos da repescagem mundial.
Ambas competições terão transmissão pela ESPN. Como o torneio europeu começa depois, a análise agora fica no nosso continente.
A Copa América acontece em território mexicano e reúne dez seleções, divididas em dois grupos: A com México, Panamá, República Dominicana, Uruguai e Brasil; B com Canadá, Cuba, Porto Rico, Venezuela e Argentina. As quatro primeiras colocadas de cada avançam e na sequência disputam um "octogonal", onde encaram os adversários da outra chave. Então, finalmente, os quatro semifinalistas são definidos para as partidas únicas e as vagas na Olimpíada e na decisão.
Sim, ao se garantir no Rio de Janeiro em 2016 através de convite da Fiba, a seleção brasileira escapou de uma pedreira.
GRUPO A
DIVULGAÇÃO
Pivô Gustavo Ayón deve liderar a seleção mexicana
Pivô Gustavo Ayón deve liderar a seleção mexicana
República Dominicana e México aparecem na frente na disputa. Os dominicanos, com muita tradição continental e pouca mundial, apostam mais uma vez em Francisco García. Conta também com o apoio dos bons armadores Édgar Sosa, que atua na Itália, e Ronald Ramón, de Limeira - ambos com formação no basquete norte-americano universitário.
Os mexicanos estão evoluindo muito. Campeões da Copa América de 2013, disputaram o Mundial de 2014 depois de 30 anos. O pivô Gustavo Ayón, hoje no Real Madrid, é a força no garrafão, além do armador do Milwaukee Bucks Jorge Gutiérrez.
Uruguai e Panamá vão, teoricamente, brigar pela última vaga do grupo. Martín Osimani, de Brasília, segue como destaque uruguaio.
A seleção brasileira está sem os jogadores da NBA e outros como Rafael Hettsheimer e Marcelinho Huertas por motivos diversos. O desempenho nos Jogos Pan-Americanos mostrou que essa equipe pode lutar pelo título da competição. Poucas vezes na história o Brasil mostrou tanta força defensiva e um ataque sem precipitação como em Toronto. Nos últimos amistosos, o rendimento caiu. Restará a Rubén Magnano manter o nível de motivação que os adversários terãop, já que para os brasileiros não vale vaga. Destaques para Vitor Benite e Augusto Lima, os dois únicos que não atuam no NBB - no caso do primeiro, recém-saído.
GRUPO B
GETTY
Andrew Wiggins é o principal destaque do Canadá
Andrew Wiggins é o principal destaque do Canadá
Comandada pelo técnico Jay Triano, ex-Toronto Raptors, o Canadá vem com o que tem de melhor, incluindo dois dos últimos três first picks do draft da NBA, Anthony Bennett e Andrew Wiggins. Fora Cory Joseph, Kelly Olynyk, Nik Staukas... O time é muito forte e o principal favorito da competição - ainda mais depois do ótimo Pan-Americano que fez e a boa Tuto Marchand, vencida pela equipe. O que pode pesar é a juventude da equipe. Aqui neste link excelente análise do Giancarlo Giampietro sobre a evolução canadense.
Cuba é a seleção mais fraca e deve fazer apenas figuração, ainda mais contra Porto Rico, Argentina e Venezuela.
Os porto-riquenhos tem um dos basquetes mais fortes do continente há muito tempo. Figurinhas carimbadas como Larry Ayuso continuam por lá, assim como Renaldo Balckman e JJ Barea. O time é bom e muito experiente, e ainda conta com o consagrado técnico Rick Pitino no banco.
Já os argentinos enfrentam uma entressafra. Foram muitos títulos e diversos jogadores talentosos nos últimos 12 anos. Longe, no entanto, de não haver talento no time atual: Facundo Campazzo e Nicolás Laprovíttola estão lá para provar isso. Alguns veteranos permanecem, e com destaque, como é o caso de Luis Scola.
Os venezuelanos ficaram na quinta posição nas duas últimas edições da Copa América e venceram o Sul-Americano derrotando Brasil e Argentina pelo caminho. Só que desta vez Greivis Vásquez está fora, o que enfraquece bastante a equipe, assim como o bom pivô Gregory Echenique.
 
622 1e8cda94 dd81 3037 a573 6665af8c83b5
Gustavo Hofman entrevista Rubén Magnano; assista na íntegra!