quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Jon Jones precisa ser punido pelo UFC

O UFC agiu muito bem logo que foi anunciado o teste positivo de Jon Jones na noite desta terça-feira. Certamente, os dirigentes já sabiam da notícia e preparam o terreno junto com o campeão do UFC. A decisão do americano de se internar e, com isso, receber o apoio do evento e de seus patrocinadores, foi uma atitude inteligente de todas as partes.
O regulamento da agência que faz os testes antidoping diz que a substancia encontrada não é considerada ilegal caso não esteja no exame feito na semana da luta. Por isso, não haverá punição.
GETTY
Jon Jones comemora após ser anunciado vencedor no UFC 182
Jon Jones venceu Daniel Cormier no último sábado
Ainda que discorde totalmente disso, afinal, o teste surpresa é exatamente para pegar o atleta em sua preparação, entendo que não há muito o que se questionar, já que está no regulamento, e modificá-lo agora não seria muito provável. Mesmo considerando um absurdo.
Mas, se a Comissão Atlética não pode punir Jon Jones, o UFC pode. O campeão é um funcionário da empresa e violou uma das mais graves regras que um evento possui, que é o antidoping.
Se outrora lutadores foram punidos por maconha, testosterona, stanozolol, por segurar finalizações encaixadas, etc, o usuário de cocaína deve receber o mesmo tratamento. Os atletas seguem regras. Todos eles sabem exatamente o que podem e o que não podem fazer.
Jon Jones burlou a regra. Certamente sabia que tomava uma atitude errada, e foi em frente.
Mesmo que a substância não tenha sido usada para trapacear e melhorar sua performance, ela está na lista de substâncias proibidas e, portanto, quem a utiliza deve sofrer as consequências.
A questão pra mim é essa. É bem simples.
O UFC deve punir o atleta, decidir quanto a manutenção de seu título ou não, etc. E, após o cumprimento da suspensão, deixar as portas abertas para seu retorno, caso julgue interessante.
Falando do cidadão Jon Jones; ele não se tornou um marginal por isso, sequer merece ter seus feitos questionados. O que ele faz dentro do octógono é espantoso. O reconhecimento de que errou e a decisão de se internar são atitudes louváveis, de homem mesmo.
Já o atleta errou. Errou muito!
E isso não pode ficar assim.