sexta-feira, 17 de outubro de 2014

O fracasso subiu à cabeça de Mano Menezes

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Mano Menezes corre o risco, ou deveria correr se o futebol brasileiro não fosse tão mal administrado como é, a voltar a ser um técnico menor.
Porque ninguém pode fracassar sucessivamente na Seleção Brasileira, no Flamengo e no Corinthians, os três times, digamos assim, de maior torcida no Brasil.
Recordemos, rapidamente, a carreira de Mano depois que ele deixou pequenos clubes do interior gaúcho para dirigir o grande Grêmio com a missão, fácil pela diferença de investimento, de tirá-lo da segunda divisão, o que só conseguiu graças aos absurdos acontecidos na famosa “Batalha dos Aflitos”, quando até o presidente tricolor invadiu o gramado.
Depois, justiça se faça, conduziu o time gaúcho a um honroso vice na Libertadores, embora, no Brasil o segundo lugar seja pouco valorizado.
Então, ele pegou o Corinthians com a mesma fácil missão de devolvê-lo à primeira divisão, o que conseguiu sem dramas, mas ficando novamente com um vice na Copa do Brasil, derrotado pelo Sport…
No ano seguinte, então, as conquistas do Paulistinha e da Copa do Brasil, contra o Inter, sob as luzes ainda de Ronaldo Fenômeno, acabaram por levá-lo à Seleção, onde o máximo que conseguiu foi a prata olímpica, em Londres, derrotado pelos mexicanos…
Demitido covardemente da CBF, o Flamengo apostou nele, mas, segundo suas próprias palavras, a Gávea não o entendeu e ele se demitiu.
Acertara com o Corinthians ainda sob a gestão de Tite do mesmo modo que Felipão fizera com a CBF sob a sua administração, embora não perdoe o colega gaúcho por igual traição feita por ele com o outro conterrâneo.
Até chegar ao Flamengo, Mano se caracterizou por dar entrevistas melhores que os desempenhos dos times que dirigia.
Da Seleção para cá, nem isso.
Adotou uma posição arrogante, quis pautar jornalistas, perdeu-se e até dançar dançou — literalmente, nos dois sentidos.
Caso típico que acontece com aqueles que deixam o fracasso subir à cabeça.