terça-feira, 30 de setembro de 2014

Enganar é a verdadeira mágica de Valdivia

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O torcedor tem razões que a própria razão desconhece.
Porque, em regra, o torcedor tem emoções.
E emoções razão alguma conhece.
Veja o caso de Valdivia.
O torcedor palmeirense o venera porque, de fato, ele tem talento.
Nada que o faça nem sequer titular da seleção chilena, mas tem lá mesmo suas habilidades.
O que, no entanto, o Palmeiras ganhou com ele?
O título paulista de 2008, em goleada de 5 a 0 sobre a Ponte Preta no Parque Antarctica e a Copa do Brasil, em 2012, na polêmica decisão com o Coritiba.
Mesmo assim, na final, no Couto Pereira, empate em 1 a 1, ele faltou, expulso que fôra no primeiro jogo, em Barueri, por ter ameaçado jogar a bola num adversário já com um cartão amarelo nas costas.
Naquele jogo, vitória por 2 a 0, fez o primeiro gol em cobrança de pênalti duvidoso (o segundo, de Thiago Heleno, no segundo tempo, também nasceu de bola parada em cobrança de falta por Marcos Assunção), aos 46, depois que o time coxa desperdiçara, no mínimo, quatro grandes chances de gol –, além de um pênalti escandaloso não marcado sobre Tcheco.
Em resumo: Valdivia jamais foi decisivo apesar de ter bola para tanto.
O que mais faz é deixar o Palmeiras na mão, como na final diante do Coritiba, como recentemente contra o Flamengo, como ontem ao não fazer o gol definitivo por irresponsabilidade.
Mas os palmeirenses gostam dele.
Fazer o quê?
Deixá-lo rindo da cara de todos enquanto, magicamente, engana um a um.