A torcida do Botafogo continua inconformada com a situação do clube. Nesta sexta-feira, aconteceram protestos no Engenhão, local dos treinamentos, e na sede de General Severiano. Pela manhã, cerca de 15 torcedores se concentraram na porta do estádio e exibiram uma faixa com uma mensagem que incentivava os jogadores e criticava os dirigentes: "Estamos aqui por amor ao Botafogo e para apoiar vocês, jogadores. Jamais por essa diretoria amadora! Joguem por nós!"
Doze torcedores que integravam o grupo foram recebidos pelos responsáveis pelo departamento de futebol do Botafogo. No encontro, Wilson Gottardo, Aníbal Rouxinol e Bernardo Arantes explicaram aos torcedores a difícil situação financeira do clube. Eles disseram que a saída para a crise será o retorno do clube ao Ato Trabalhista, o que parcelaria as dívidas trabalhistas.
A aprovação do Proforte, projeto do Governo que vai refinanciar a dívida dos clubes, também foi uma saída apontada pelos dirigentes. O lateral Edilson foi o único jogador que tomou a iniciativa de conversar com o grupo.
Os torcedores se consideram satisfeitos com as explicações e prometeram apoiar o time na partida deste sábado, contra o Cruzeiro, no Maracanã.
Confusão - Em General Severiano, 30 torcedores entraram na sede do Botafogo com a intenção de falar com o presidente Maurício Assumpção, mas foram barrados pela polícia militar. Revoltados, alguns integrantes das torcidas organizadas soltaram morteiros e depois se retiraram, com muitas críticas aos dirigentes.
