terça-feira, 17 de junho de 2014

Do apoio às vaias, Irã e Nigéria protagonizam o primeiro 0 x 0 da Copa

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Enyeama fez grande defesa e evitou que o Irã abrisse o placar na Arena da Baixada
Enyeama fez grande defesa e evitou que o Irã abrisse o placar na Arena da Baixada
Demorou 13 jogos, mas finalmente saiu o primeiro empate da Copa do Mundo no Brasil, e logo sem gols. Nesta segunda-feira, na Arena da Baixada, em Curitiba, Irã e Nigéria até criaram boas chances, mas o poder de finalização falhou na hora H.
A torcida estava bem empolgada, com o apoio quase maciço para os africanos na etapa inicial, mas que depois se transformou em vaias e maior simpatia aos asiáticos. Tanto Haghighi quanto Enyeama viram muitas bolas alçadas para suas áreas, e cada goleiro fez ao menos uma grande defesa.
Na parte final do segundo tempo, com os seguidos erros de passes e chutes, os presentes ao estádio do Atlético-PR vaiaram as duas equipes.
Desta forma, a Argentina termina a primeira rodada do grupo F na liderança isolada com três pontos após a vitória no domingo diante da Bósnia, no Rio de Janeiro; iranianos e nigerianos ficam empatados com um ponto cada.
As duas seleções voltarão a campo no próximo sábado: o Irã enfrenta a Argentina em Belo Horizonte às 13h, e a Nigéria pega a Bósnia, às 18h, em Cuiabá.
O jogo
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Mikel (esquerda) é o maestro do time da Nigéria
Mikel (esquerda) é o maestro do time da Nigéria e comandou as ações
Com Obi Mikel ditando o ritmo, a Nigéria começou o jogo criando bem mais do que o Irã. A torcida na Arena da Baixada estava mais pró-africanos, e o impulso resultou em boas chances. Um gol anulado após cobrança de escanteio, por exemplo, mostrava o que o time de Stephen Keshi queria: pressão no início.
Aos oito minutos, Emenike mandou rasteiro da esquerda à área iraniana, Pooladi cortou, mas o rebote acabou nos pés de Onazi, que chutou cruzado, mas para fora.
O Irã tentava levar perigo no lançamento direto, aproveitando o pivô do centroavante Reza Goochannejad, mas sem sucesso. Quando tinham a posse, os iranianos mal conseguiam trocar dois passes até perderem a bola. A Nigéria, porém, desperdiçava.
Aos 30, Musa tentou surpreender em cobrança de falta pela lateral esquerda, mas o goleiro Haghighi se recuperou a tempo e mandou a bola para escanteio.
A grande oportunidade do Irã aconteceu aos 34 minutos: em escanteio pela direita, Dejagah cruzou no primeiro pau, Reza se antecipou à defesa e cabeceou, porém Enyeama teve ótimo tempo de reação e espalmou. Na sequência, ficou com o rebote.
Na volta do intervalo, o Irã continou mais disposto a atacar e assutou logo aos cinco minutos, em chute de Reza que passou à direita do gol nigeriano.
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Musa tenta finalização para a seleção da Nigéria
Musa tenta finalização para a seleção da Nigéria
Mas a pressão dos comandados de Queiróz parou aí, e os africanos voltaram a tomar conta das ações. Moses saiu para a entrada de Ameobi, e o lado direito era a melhor opção de ataque para as Super Águias. O Team Melli, porém, se defendia bem.
A partir dos 15 minutos, a torcida presente à Arena da Baixada começou a vaiar os nigerianos e mudaram a simpatia para os iranianos. Por coincidência, o time asiático se soltou mais ao ataque e produziu boas tramas, mas a finalização não acontecia.
Os erros começaram a irritar os torcedores, principalmente os cometidos pela Nigéria. As finalizações não acertavam o gol, os cruzamentos iam direto para as mãos dos goleiros, e o clima esfriou. No final, o empate sem gols acabou justo.
Até um grito contra a presidenta Dilma Rousseff foi esboçado.
Pior para a Copa, que teve seu primeiro jogo sem gols.
FICHA TÉCNICA:
IRÃ 0 X 0 NIGÉRIA
Local: Arena da Baixada, em Curitiba (PR)
Data: segunda-feira, 16 de junho de 2014
Horário: 16h (de Brasília)
Árbitro: Carlos Vera (EQU)
Assistentes: Christian Lescano e Byron Romero (ambos EQU)
Cartão amarelo: Timotian (Irã)
IRÃ: Alireza Haghighi; Hosseini, Montazeri, Sadeghi e Pooladi; Heydari (Shojaei), Timotian e Nekounam; Haji Safi e Dejagah (Jahan Bakhsh); Reza. Técnico: Carlos Queiróz.


NIGÉRIA: Enyeama; Ambrose, Oshaniwa, Oboabona (Yobo) e Omeruo; Azeez (Odemwingie), Onazi e Mikel; Moses (Ameobi), Musa e Emenike. Técnico: Stephen Keshi.