terça-feira, 24 de junho de 2014

Diário alemão da Copa: Dia #19, o alemão baiano e Neymar

Hoje, pela primeira vez desde que a equipe da ESPN chegou em Santa Cruz Cabrália, fez frio. Cerca de 20oC, segundo meu celular, o que para alguém que já está há três semanas habituado ao calor do Nordeste é frio.
Naturalmente isso não atrapalhou os planos da Alemanha. Coletiva de imprensa às 11h com Mats Hummels e Hansi Flick, assistente técnico de Joachim Löw, e às 13h treino com os primeiros 15 minutos abertos para a imprensa.
Na coletiva, questionei os dois sobre um possível jogo de compadres na última rodada com os Estados Unidos, lembrando até mesmo do Alemanha 1x0 Áustria de 1982 em Gijón. Negaram veementemente a possibilidade de isso acontecer de novo.
Depois, no treino, um pequeno susto com Hummels que, no aquecimento, sentiu a coxa direita, já lesionada. Nada demais, porque seguiu treinando. Aliás, o aquecimento foi uma mistura de rugby (por causa da bola), futebol americano (por causa dos passes) e futebol (por causa dos gols). Além disso, Jérôme Boateng e Sami Khedira, que terminaram a partida contra Gana com problemas físicos, participaram normalmente das atividades.
Encerrado o dia regulamentar, a equipe da ESPN partiu para a gravação dos boletins que vocês assistem diariamente em nossa programação. Fazemos diversas entradas ao vivo, mas não dá para trabalhar 24 horas por dia! Imagina a minha olheira.
Escolhemos, então, um dos locais mais lindos da vila de Santo André para gravar. Do alto do morro, acolhido pelo alemão mais baiano que já conheci, tivemos a vista espetacular do encontro do Rio João de Tiba com o Oceano Atlântico.
ESPN
Rosemberg Faria, este que vos escreve, Günter e Leandro Liendo
Rosemberg Faria, Günter, este que vos escreve e Leandro Liendo
Günter está no Brasil desde 1985 e radicado em Santo André desde o início dos anos 1990 (não anotei o ano exato e agora não me lembro!). Ajudou bastante todos os alemães desde o início da "instalação" na região. Hoje, fez questão de receber a equipe da ESPN, e nos recebeu muito bem.
De lá, já quase na hora do jogo do Brasil, seguimos para a comunidade. Tínhamos como missão captar imagens da população local assistindo a partida da Seleção.
Aqui em Santo André, como já ressaltei diversas vezes, a vida passa mais devagar. Não há tumulto para acompanhar o Brasil, buzinaço ou qualquer grande evento. As pessoas se reúnem nas casas ou nos pequenos botecos, sempre em grupos pequenos. Talvez como antigamente, bem antigamente, não sei...
Foi bonito e muito legal. Uma alegria sincera. Valeu a pena, e Neymar ajudou.


GUSTAVO HOFMAN
Brasileiros vendo o jogo da Seleção Brasileira no Brasil
Brasileiros vendo o jogo da Seleção Brasileira no Brasil