Já na Libertadores o Atlético era frágil fora de casa e insuperável jogando em Belo Horizonte. Perdia a primeira e buscava o placar de forma dramática na volta. No Brasileiro também foi mal quado longe de Minas Gerais, com a 18ª posição na classificação do Campeonato considerando apenas os pontos ganhos no campo adversário. Desta vez não há partida de volta, apenas o Raja Casablanca teve a chance de atuar diante de sua torcida.
Foi um papelão? Claro. Mas não é o fim do mundo, tampouco o cotejo contra o time marroquino foi o mais importante da história do Galo. O torneio da Fifa é político, sem desafio técnico para os europeus e superestimado pelos sul-americanos. Deveríamos é valorizar a Copa Libertadores, muito mais importante do que essa competição itinerante e que desta vez foi parar no Marrocos. Competição de pequena repercussão pelo mundo, exceto pelos não-europeus envolvidos nos jogos.
É o momento de os clubes brasileiros repensarem a estratégia. Após conquistar o título sul-americano é preciso seguir na pegada para lutar pelo nacional. Não faz sentido abrir mão da chance de brigar pela Série A e passar quase meio ano pensando no torneio "fifista". Ficar meses sem ligar para o certame local e sonhando com um jogo contra o campeão da Europa que, mais uma vez, não vai acontecer. E pelo que (não) fez contra o Raja, pode ter sido melhor. Para o Galo.
Veja análise de Mauro Cezar sobre a participação do Atlético no torneio Mundial promovido pela Fifa no Marrocos