terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Celso Barros diz que Tite recusou proposta e joga duro com o Flu: 'Não vou ficar refém de pressões'

Tiago Leme/ESPN
O presidente Peter Siemsen e Celso Barros, mandatário da Unimed, se abraçaram nas eleições do Fluminense
O presidente Peter Siemsen e Celso Barros, mandatário da Unimed, se abraçaram nas eleições do Fluminense
A escolha do novo treinador do Fluminense está gerando desentendimento entre o clube e a Unimed, abalando uma relação de quase 15 anos. Nesta segunda-feira, em entrevista à Rádio Globo, o mandatário da patrocinadora, Celso Barros, falou sobre a contratação de Renato Gaúcho, que ainda não foi confirmada, e deixou claro a divergência com o presidente Peter Siemsen.
Celso Barros jogou duro ao comentar a situação atual e não escondeu a sua vontade de ter Renato Gaúcho no comando do Tricolor, enquanto Siemsen prefere o nome de Ney Franco.

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"Eu, pessoalmente, em relação aos nomes apresentados tenho preferência pelo Renato Gaúcho, mas quem é o presidente do Fluminense é o Peter. E o Peter disse claramente que quem escolhe o treinador é ele. Então vamos aguardar a escolha do presidente. Se ele quiser outro nome tudo bem, ele quem decide, é só arcar com todos os custos", afirmou o presidente da Umimed-Rio, que completou.
"Não vou ficar aqui refém de posições de grupos políticos ou do presidente. Queremos preservar os investimentos para termos resultados que tivemos em 2011 e 2012 e que infelizmente não tivemos em 2013".
Gazeta Press
O técnico Tite recusou proposta do Fluminense
O técnico Tite recusou proposta do Fluminense
De acordo com Celso Barros, o técnico Tite, que deixou o Corinthians ao final do Brasileirão, foi procurado, mas recusou a proposta do clube das Laranjeiras: "Foi tentado o Tite pelo Felipe Ximenes (diretor de futebol), que ligou para o procurador do Tite, o Gilmar Veloz. Tite recusou o convite porque não pode nesse momento, vai para a Europa, alguma coisa desse tipo. Aí os nomes ficaram meio reduzidos nessa situação".
Peter Siemsen era favorável à contratação de Ney Franco para assumir o time, mas foi convencido por Celso Barros a acertar com Renato, o que ficou definido em uma reunião no sábado à noite. Com isso, o presidente tricolor quer que todos os vencimentos da nova comissão técnica (cerca de R$ 650 mil) sejam pagos pela Unimed, enquanto a parceira pede que o clube desembolse pelo menos R$ 300 mil por mês, mesmo valor gasto com Vanderlei Luxemburgo e Dorival Júnior.
Na entrevista desta segunda, Celso Barros voltou a demonstrar insatisfação com a postura do Fluminense e de Siemsen ao dizer que não foi consultado sobre a demissão do diretor executico de futebol Rodrigo Caetano, que foi substituído por Felipe Ximenes para a próxima temporada.
"Se o Fluminense quer fazer sua vontade, vai arcar com suas decisões. Contratou o Ximenes, demitiu o Rodrigo Caetano, e nós já estamos acima do valor de patrocínio, não temos nenhuma obrigação. Então, cabe ao Fluminense, que tem direito de escolher, arcar com custos", disse Celso Barros, que ainda avisou que a Unimed não deve investir em mais nenhum jogador de peso para reforçar o Flu em 2014.
"Acho bem difícil. Conca é um jogador que a gente fez todo esforço. Fluminense tem Diego, Jean, Carlinhos, Fred, uma série de jogadores que se machucaram. Acho que é um belo time que não teve resultado bom nesse ano, até pelas ausências. Acho que o Fluminense também tem de se mobilizar para dentro de suas possibilidades, sem ajuda do patrocinador, trazer jogadores importantes que possam reforçar o time na visão da comissão técnica e do próprio presidente".

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