segunda-feira, 20 de maio de 2013

Criciúma acorda no segundo turno e arranca até título Catarinense


Acelera, ultrapassa e termina na frente. A reação do Criciúma no Campeonato Catarinense, como um carro de corrida potente, foi recompensada com o título estadual. O descrédito virou confiança com o técnico Vadão, que chegou para levantar o time. O torcedor foi da frustração ao êxtase, passando pela incredulidade. A virada do primeiro para o segundo turno gerou embalo. Assim o Criciúma caminhou até o título – 10º do futebol de Santa Catarina, somado o primeiro, conquistado quando se chamava Comerciário.
Criciúma x Chapecoense Marcel (Foto: Maurício Vieira/ Agência RBS)Criciúma de Vadão arranca do primeiro turno ruim para alcançar o título do Campeonato Catarinense
(Foto: Maurício Vieira/ Agência RBS)
Comandante do acesso à primeira divisão do Campeonato Brasileiro, Paulo Comelli tinha sobre os ombros a responsabilidade de guiar o Criciúma ao fim do jejum. A última conquista estadual havia sido em 2005 e, de lá para cá, ainda foram três finais perdidas (2007, 2008 e 2011). Com a equipe reformulada, alternou bons e maus momentos. Os bons foram a vitória por 2 a 0 sobre o Figueirense e a estreia com goleada por 6 a 0 sobre Camboriú. Mas as alternâncias de escalações em busca do encaixe e os resultados negativos foram os fatores que o fizeram cair, junto com parte do comando do departamento de futebol.

No segundo turno e com o comando novo, o time conseguiria avançar para as fases finais. Mas a virada. já sob com o técnico Vadão como responsável pela equipe, demoraria. Nos quatro primeiros jogos, cinco pontos. Daí um fragilizado Juventus apareceu no caminho e no Heriberto Hülse. O Criciúma fez 8 a 0 e o estilo ofensivo predominou. Com quatro vitórias em sequência e fazendo de cada confronto uma final, conquistou o título do returno na última rodada.
Dos outros três times que chegaram nas semifinais, o Criciúma enfrentaria o pior rival. É que o Avaí também gozava de embalo na reta final para avançar. Tanto que foi o time azurra a terminar com a sequência de sete jogos de invencibilidade (somada a Copa do Brasil). A derrota por 3 a 2, no jogo de ida, não fez o Tigre baixar a guarda. Nem a torcida. No Heriberto Hülse, conseguiu o placar mínimo necessário para chegar à grande decisão.

Homem de desapego ao passado, Vadão pensou para frente no Criciúma. Sem abrir mão da premissa que fez que seus comandados também imprimissem, conseguiu guiar a equipe num 2 a 0 importante no primeiro embate das finais do Catarinense deste ano. Ficou mais fácil celebrar diante da Chapecoense que não havia perdido jogos sob o seu mando. O time de Chapecó até venceu, mas teria que ter feito mais que 1 a 0. O Tigre fez valer o embalo de time e da torcida valeu. Após oito anos, Criciúma volta a gritar ‘É campeão’.